«A CP opera em todo o território nacional».
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Não sabemos se será uma provocação, uma piada de mau gosto ou simplesmente não se ter noção do ridículo, mas esta é uma das coisas extraordinárias que se podem ler
no sítio da CP na internet. Sob o magnífico título «Cobertura nacional» (!), acrescenta a
CP, já a raiar o cinismo, que «o primeiro compromisso social aceite pela empresa
perante o Estado e os seus cidadãos é o de garantir a mobilidade de toda a
comunidade, independentemente da sua condição económica ou geográfica».
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A CP estará, talvez, a referir-se ao tempo em que – 30 anos
atrás – este era ainda o mapa das ligações ferroviárias de passageiros em Portugal:
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E se incluirmos já a execução integral das medidas previstas no Plano
Estratégico de transportes aprovado há meses, o mapa ficará assim:
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Se ao mapa das ligações ferroviárias de passageiros de há 30
anos retirarmos os limites do território nacional…
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…conseguimos, ainda assim, vislumbrar a forma do território
continental português.
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O mesmo mapa, relativo a 2012, é, agora, assim:
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[Com o encerramento do Ramal de Cáceres, em Agosto de 2012, ficou assim:]
E com a execução integral das medidas do PET, ficará assim:
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IE com a execução integral das medidas do PET, ficará assim:
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Compare os mapas e descubra quantas novas linhas férreas é que
se construíram no país nos últimos 30 anos…
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20 comentários:
Realmente só pode ser uma piada de mau gosto.
Se a CP / o Estado quer encerrar serviços, pelo menos deve assumi-lo em lugar de andar a fingir que 'no pasa nada'.
Já agora fica o link para a página onde se encontra essa pérola:
http://www.cp.pt/cp/displayPage.do?vgnextoid=07fbab3226ea4010VgnVCM1000007b01a8c0RCRD
Gonçalo E.
Algo que não tem a ver com as linhas mas sim com o miserável serviço que a CP oferece é que para além do facto de existirem muitos poucas máquinas de venda em estações de grande caudal, como a do Cais do Sodré, onde não é raro ver filas com mais de 20 metros, a tradução para inglês é feita pela metade levando ao desespero os turistas que tentam comprar um bilhete. Não é incomum ver-se o titulo em inglês e as opções em português o que leva, como ontem assisti, a turistas não conseguirem passarem do início da compra.
Já agora aproveito para deixar esta citação retirada da pág. 3 do "código de ética" que está em
http://www.cp.pt/StaticFiles/Imagens/PDF/Institucional/a_cp/cp_codigo_etica_.pdf
"A CP assume-se como operador líder no funcionamento de serviços de mobilidade, com o objectivo de satisfazer plenamente as necessidades reais dos clientes e das populações, de acordo com os mais elevados padrões de qualidade e segurança."
A parte do "satisfazer plenamente" deve ser outra provocação barata...
Incrível:
Após publicarem o vosso post, a CP refez o texto que aparece na secção "Cobertura Nacional" do site deles!
Agora o texto é mais limitado e deixa de mencionar o "primeiro compromisso social da empresa" (o tal que era o de "garantir a mobilidade de toda a comunidade, indpendentemente da sua condição económica ou geográfica").
Abrindo hoje a página em "cobertura nacional", lê-se simplesmente:
"A CP opera no território nacional oferecendo serviços de transporte público ferroviário essenciais para o desenvolvimento do País e para a sua coesão social e territorial.
O serviço prestado pela CP destaca-se pela capacidade instalada que permite a mobilidade diária de milhões de passageiros nas suas deslocações casa-emprego/casa-escola, ou pontual em eventos de interesse nacional e que geram a adesão de grandes massas de público com claras vantagens ecológicas, de conforto e segurança.
Um Serviço Público, assim definido, como motor essencial do desenvolvimento económico do País e do seu bem estar social."
Ou seja, o que há poucos dias era considerado "o primeiro compromisso social aceite pela CP" é descartado de um dia para o outro!
Provavelmente houve gente a reclamar como eu, mas nem se dignaram responder, apenas mudaram o texto.
Culpa plenamente assumida... sabem a m***a que estão a fazer...
Ao menos a CP vai começar a dar lucro... digamos, daqui a 1000 anos...
Há aqui um factor que é necessário considerar no meu entender.
Obviamente que os Transportes Públicos (TP) têm de ser financiados, isso não está em causa. Os TP não dão nem nunca deram lucro em nenhum país, mas também não se lhes pode sugar o que se aprouver, só porque está sob a égide do Estado. As empresas de TP tem um passivo acumulado de 17 mil milhões de Euros. Aliás, a maior fatia corrente da despesa destas empresas são os juros. A dívida foi criada para melhorar as infraestruturas dos transportes públicos nacionais, e houveram melhorias: o Metro de Lisboa expandiu-se bastante, o Metro do Porto foi criado e tem uma rede vastíssima, oferecendo serviço de qualidade, foi feita/aumentada/renovada uma linha ferroviária para Évora, e isso foi feito à custa de dívida cujos juros agora são astronómicos.
O que me indigna, é ver agora trabalhadores de empresas falidas, que são financiadas com o dinheiro dos contribuintes (e muito bem no meu entender), com um nível académico médio, que auferem 50.000€/ano (média em PT é 12000€/ano, i.e. +310% que a média), que trabalham 6h/dia (normal é 8h/dia), que têm 30 dias úteis de férias (normal é 22), que têm emprego garantido (a taxa de desemprego já vai nos 15%), a fazerem greves constantantemente, prejudicando a vida aos utentes (eu sou um deles, pois não tenho carro) e a porem em causa junto dos cidadãos e dos utentes o bom nome das empresas.
É verdade meus caros, dou-vos um exemplo: tenho uma amiga estrangeira, que depois de muito procurar encontrou o seu primeiro emprego como estagiária em Lx. Ela morava em Alfornelos e apanhava o Metro para ir para o trabalho. Ora, ela dizia-me, que vai na volta, o Metro chegava a fechar duas vezes por semana devido a greves, à terça e à quinta. Ela ganhava 600€/mês. Como ela é responsável, a nível profisisonal, e não queria faltar, veja-se bem: passou a levar o carro, pois não queria "imprevistos". Mesmo ontem fiquei apeado em Santa Apolónia ao fim do dia, devido à greve. Bem eu safei-me porque não moro muito longe e fui de bicicleta, mas não imaginam a quantidade de gente, muito humilde, trabalhadores de classes mais baixas, que moravam bem longe de Lisboa nos subúrbios; que sinceramente não sei como é que se safaram. Tiveram talvez de gastar 50€ num táxi, para quem ganha 400€/mês é mesmo muito dinheiro. Isto só cria nas pessoas a sensação geral que os transportes públicos são maus e que prestam um péssimo serviço.
E os trabalhadores dessas empresas não estão preocupados com o bom nome da empresa nem com a mobilidade sustentável ou suave, nem com o ambiente, eles fazem greve, porque o governo lhes corta nas regalias, num país que se sabe estar financeiramente doente.
Ora, foi exatamente devido às condições financeiramente menos sãs do país e das empresas, que levou o governo a encerrar linhas ao longo destes anos (obviamente que também se trata de opções estratégicas erradas e definhamento da ferrovia).
Esta temática deixa-me tão indignado que há uns tempos escrevi um pequeníssimo conto deveras interessante. Deem uma leitura rápida:
http://www.veraveritas.eu/2011/11/um-pequeno-conto-no-dia-de-greve.html
"que auferem 50.000€/ano (média em PT é 12000€/ano, i.e. +310% que a média), que trabalham 6h/dia (normal é 8h/dia), que têm 30 dias úteis de férias (normal é 22), que têm emprego garantido"
A única coisa verdade no meio disso tudo é «(normal é 8h/dia)» e «(normal é 22)», de resto os salários andam inflacionados de um lado e subvalorizados no outro, e os trabalhadores de TP têm em geral 30 dias de férias corridos, não 30 dias úteis (as suas semanas de trabalho funcionam de maneira diferente, daí as férias também o serem - mas não me admira a confusão, até o ministro que tutela o setor foi para o parlamento espalhar essa mentira, por isso que a população em geral a propague não admira).
"ela dizia-me, que vai na volta, o Metro chegava a fechar duas vezes por semana devido a greves, "
Se lhe dizia isso mentiu. Eu sou um dos que passei a pensar duas vezes antes de tirar passe e as greves foram um dos motivos (não uso TP todos os dias, por isso uns dias a mais ou a menos por mês fazem-me diferença e deixa-me de compensar), mas daí até dizer que os TP param duas vezes por semana devido à greve...
Já agora, no caso da CP a greve é devido à empresa não cumprir o que o tribunal lhe mandou fazer (na comunicação social é que dizem tudo sobre a greve menos dizerem quais os motivos). Não tem a ver com regalias tiradas pelo governo ou pelo papa (ainda agora a CP disse que ia anular as disposições no contrato de trabalho coletivo que contradizem o novo Código do Trabalho e não foi nenhuma greve anunciada por causa disso), é um assunto completamente legalista e do foro interno da empresa. Quando uma empresa assume que não quer cumprir uma decisão do tribunal e os seus acionistas (i.e., o Estado) não dão um pontapé sem direito a indemnização à sua administração, diz bem ao estado a que o Estado de Direito chegou neste país.
Meu caro.
Eu não invento dados, vou buscá-los a fontes fidedignas, i.e., jornais de referência
Remunerações de maqunistas:
http://sol.sapo.pt/inicio/Economia/Interior.aspx?content_id=15675
Algumas passagens do artigo do jornal Sol.
-"Há maquinistas que ganham 50 mil euros"
-«O salário dos maquinistas, por exemplo, engloba abonos de produção, subsídios fiscais, ajudas de custo e subsídio de agente único», explica fonte oficial da empresa pública. «Só por se apresentar ao trabalho, cada maquinista recebe mais de seis euros por dia, devido ao subsídio de assiduidade».
-«O tempo médio de escala dos maquinistas é de oito horas por dia, num total de 40 horas semanais. Mas, em média, o tempo de condução está entre as três e as quatro horas diárias»
-"De acordo com a folha salarial da CP a que o SOL teve acesso, um inspector-chefe de tracção recebe 52,3 mil euros, há maquinistas com salários superiores a 40 mil euros e operadores de revisão e venda com remunerações que ultrapassam os 30 mil euros por ano."
Salário médio em PT:
777€*14=10878€
in:http://www.dn.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=1688898
Quantidade de greves nos TP
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1774808&page=-1
Motivos para a greve:
"Os trabalhadores contestam as alterações introduzidas nos Acordos de Empresa, na sequência das alterações feitas ao Código de Trabalho. Para além de um CORTE PARA METADE NO VALOR PAGO pelas horas extraordinárias, prevê-se que o trabalho feito nessas horas não permita descanso compensatório."
in:http://economia.publico.pt/Noticia/trabalhadores-dos-transportes-em-greve-no-feriado-de-15-de-agosto-1557117
Cumprimentos
João, está a gozar, certo? (e não estou a falar da parte de chamar o Sol um jornal de referência).
A notícia sobre o salário médio em Portugal diz logo na primeira linha: «É este o valor médio dos salários de 37% dos trabalhadores por conta de outrem». Faltam os outros 63% por conta de outrem e todos por conta própria.
No total o salário médio em Portugal passa um pouco os 1000€, o que dá 14.000€/ano (~15% a mais do que tinha dito).
Sobre o salário dos maquinistas, embora o João não o tivesse dito explicitamente, como comparou com o valor que dizia ser a média em Portugal, assumi que os 50.000 eram valores médios. Ora, agora o João apresenta-me notícias que dizem que nessas empresas se recebe «"Há maquinistas que ganham 50 mil euros"», «há maquinistas com salários superiores a 40 mil euros e operadores de revisão e venda com remunerações que ultrapassam os 30 mil euros por ano."», i.e., valores máximos, não médios. Está a comparar alhos com bugalhos.
Nunca vi escalas de maquinistas de 4 horas diárias. Aliás, um dos motivos da greve da CP* (essa notícia do Público ou está muito mal escrita, ou simplesmente está errada no caso da CP - e eu só falei na CP, não nos outros) é eles estarem a obrigar os maquinistas a fazerem horas extraordinárias (que o contrato coletivo diz que são opcionais e foi uma das cláusulas que o tribunal mandou a CP cumprir) - e na CP horas extraordinárias só são horas acima das 40 horas semanais, trabalho ao domingo, sábado e feriados só é remunerado com gratificação se passar acima de um certo número de horas semanais e/ou diárias, de resto as semanas são 5 dias corridos, começando em que dia for -, coisa que eles normalmente gostam de fazer (dá bom dinheiro), mas que agora a administração anda a obrigá-los a fazer cada vez mais para evitar contratar mais pessoal.
*Greve essa a todos os feriados do ano e já anunciada ainda antes destas alterações ao Código do Trabalho terem sido decididas em sede de concertação social.
Meu caro, eu ainda sei ler
"De acordo com os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE), no final do segundo trimestre de 2010 o rendimento salarial médio mensal líquido dos trabalhadores por conta de outrem fixava-se nos 777 euros"
Lá por só haverem só 37% a auferir a média, significa que nos outros 63% há uns que ganham mais e outros que ganham menos: estatística pura.
Confirme aqui
http://www.cmjornal.xl.pt/noticia.aspx?contentid=E712FCB3-734F-4297-A3C3-B173673935A4&channelid=00000181-0000-0000-0000-000000000181
Obviamente que no caso dos mquinistas fui buscar um máximo e fiz a comparação com a média da população. Todavia, foi apenas um mero indicador (parcial é certo) que nos dá bem a ideia do ordenado de um maquinista.
No Relatório & Contas da CP 2011 na Demosntração Individual (pág. 109) constata-se que as despesas com pessoal rondam os 122 Milhões de Euros. Estas representam 36% das despesas correntes antes de justo valor, depreciações, gastos de financiamento e impostos. A fatia dos juros ronda os 165 Milhões de Euros. Considerando todas as despesas correntes da CP, as despesas com pessoal representam cerca de 20% ou seja 1/5. Se pensarmos que se trata de uma empresa com um passivo enorme, cujos encargos com juros são gigantescos, uma empresa com maquinaria pesada e com bastantes infraestruturas, 20% de toda a despesa em salários ainda é bastante.
Cumprimentos
http://www.cp.pt/StaticFiles/CP/Imagens/PDF/Institucional/Relatorios%20Financeiros/2011/anexo_rc2011.pdf
Fui induzido em erro pela má escrita da notícia (é por estas coisas que eu já não me atrevo a chamar nenhum meio de comunicação social português como sendo «de referência»). Lendo tudo, os 37% afinal dizem respeito às pessoas que ganham menos de 600€ por mês.
Peço desculpa pela confusão.
Mesmo assim, faltam os trabalhadores por conta própria (além dessa notícia ser de 2010). E a comparação de médias com valores máximos não faz sentido nenhum.
O salário médio em Portugal no 1.º semestre deste ano foi de 1020€ mensais (pelo que dá a entender, suponho que isto também diga respeito somente a trabalhadores por conta de outrem): http://www.tvi24.iol.pt/aa---videos---economia/ordenados-salarios-cortes/1367213-5797.html
Joäo Ferreira, se escreve "Obviamente que no caso dos mquinistas fui buscar um máximo e fiz a comparação com a média da população" entäo admite a desonestidade intelectual. Ou se comparam máximos com máximos, ou mínimos com mínimos, EPAF. Mas pelo menos admitiu, o que já é bom.
Quantos säo estes: «"Há maquinistas que ganham 50 mil euros"», «há maquinistas com salários superiores a 40 mil euros e operadores de revisão e venda com remunerações que ultrapassam os 30 mil euros por ano."»? Digam-me, quantos? E quantas horas trabalham?
Se assim for, vou já tirar o curso de maquinista... ou revisor, que dá menos trabalho. E recomendo-lhe seguir-me os passos!
Também há gestores e directores da CP que ganham isso ou mais, e trabalham muito menos. E trabalham activamente para destruir o serviço público da CP.
Caro Maquiavel.
Confesso que estou farto da falácia sempre evocada pelos maquinistas e pelos pilotos da TAP, que evocam sempre o BPN e os ordenadas faraónicos de meia-dúzia (injustos é certo mas muito poucos) para justificar as suas regalias um pouco menos faraónicas; mas sempre megalómanas em comparação com a média nacional.
Lá por haver bosta na casa do vizinho, não implica que não limpe a da minha casa.
Meu caro, o desemprego ronda os 15%, o país está falido e é regido por credores, há MILHARES de jovens COM CURSO SUPERIOR que trabalham que nem cães a falsos recibos verdes numa precaridade extrema, para receberem 500€/mês BRUTOS. O desemprego jovem ronda os 36% e muitos deles têm que emigrar porque não se safam por aqui, pois a economia portuguesa está febril em parte devido a elevada carga fiscal.
E vc defende-me uma classe COM O NÍVEL SECUNDÁRIO, que conduz a máquina 3 A 4 HORAS POR DIA, que ganha limpos nem que seja 1500€/mês em média, JÁ COM OS DESCONTOS AVULTADOS QUE A EMPRESA FAZ FARA SEG. SOCIAL E IRS, e ainda por cima FAZEM GREVE lixando a vida à população mais carenciada que precisa de "mobilidade".
A sério, estou farto destas m****s... desta neoburguesia...
Este país está como está devido a dois grandes fatores: o neoburguesismo de novo rico que se intitula de esquerda, mas ama mais o dinheiro que qualquer judeu; e o capitalismo usurário dos bancos e das grandes financeiras que definham as pessoas e a nação com juros agiotas.
Caro Joäo, entendo a tua frustraçäo. Só que atiras ao alvo errado (para variar).
Espero é que vejas que os "neoburgueses" como tu dizes o säo porque lutaram pelos seus direitos.
Devem servir de exemplo para esses "MILHARES de jovens COM CURSO SUPERIOR que trabalham que nem cães a falsos recibos verdes numa precaridade extrema". Se se acomodarem à situaçäo continuaräo na mesma precariedade, ou pior ainda. O que queres é nivelar por baixo? Pois terás o que desejas, e cada vez a fasquia será mais baixa. Os "Precários Inflexíveis" e o FERVE têm muito poucos "sócios", logo parece que a maioria gosta de ser chulada.
E para que conste, o Sindicato dos Maquinistas da CP esteve sempre ligado ao CDS.
O que me interessa se têm curso superior? Säo superiores por isso? No tempo da ditadura é que por lei näo podiam haver licenciados desempregados, mas nesse tempo eram só os filhos dos ricos que estudavam.
Eu também tenho 2 cursos superiores feitos em Univs. Públicas (um pago pela família, outro pago por mim), e a vantagem que encontro nisso é que tenho mais possibilidade de escolha, mais competências, abre mais portas. E foi por os ter que consegui abrir a minha empresa.
Mais uma vez digo: se invejas a vida de maquinista, tira o curso. Dura menos de um ano, me parece.
E para que näo restem dúvidas, explicito:
Quem faz mal näo säo os ferroviários, säo os "MILHARES de jovens COM CURSO SUPERIOR que trabalham que nem cães a falsos recibos verdes numa precaridade extrema" que se andam a acomodar a tudo em troca de nada.
Como dizia o outro... ORGANIZEM-SE!
Outro dado curioso nesta questão das greves:
Na Fertagus e na Metro do Porto, os maquinistas também são representados pelo SMAQ (o tal sindicado que o Maquiavel fala), no entanto nessas duas empresas as greves são muito mais raras*. Porque será?
*o MdP houve uma vez que até escreveu um artigo de opinião no Público a dizer que lá nunca tinha havido greves (o que até era mentira diga-se de passagem, as greves são raras mas já houve várias), mas saiu-lhes o tiro pela culatra e umas semanas depois foi a greve geral e os trabalhadores do MdP também aderiram.
Porque ganham mais? Porque trabalham menos horas? Porque o paträo trata-os como gente?
O João Pimentel Ferreira anda a ler as erradas "fontes credíveis"… no que a salários diz respeito.
Dou-lhe uma ajuda:
http://aventar.eu/2012/01/04/os-maquinistas-esses-nababos/
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