Av. de Brasília: venceu o automóvel e o vandalismo

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Há cerca de sete meses, demos conta, neste blogue, de uma alteração positiva no troço inicial da Avenida de Brasília, em Lisboa, ocorrida em Outubro de 2011: a circulação automóvel foi interrompida entre Santos e o Cais do Sodré, tornando-se numa rua sem saída para os automobilistas provenientes de qualquer desses dois pontos. A interrupção fez-se por meio da construção de um passeio que barrou a antiga faixa de rodagem e junto do qual passou a existir, em cada um dos lados, uma rotunda, obrigando os automobilistas provenientes de Santos ou do Cais do Sodré a fazer uma inversão de marcha:
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Na altura, explicámos também que muitos automobilistas passaram a galgar o passeio com os seus popós, para contornar a proibição, continuando a circular na avenida como se o passeio (e a proibição) não existisse.
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Em consequência disso, a Câmara Municipal de Lisboa colocou grandes canteiros no passeio, para impedir a passagem dos carros. Mas os canteiros foram destruídos por automobilistas vândalos:
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O passo seguinte destes selvagens foi destruir parte do passeio pago com o dinheiro de todos nós, para criar uma rampa que facilitasse a sua subida com o carro:

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Agora, é oficial: a Câmara Municipal de Lisboa desistiu. A sinalização de rua sem saída e o painel de informação aos automobilistas…
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…foram retirados:
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No local da interrupção, o passeio continua a existir, mas os canteiros inibidores desapareceram de vez e, em vez do simples sinal de rotunda (que obrigava os automobilistas a fazer inversão de sentido), existe agora também um sinal de obrigação de virar à esquerda (!) [ou à direita, no sentido contrário (Santos-Cais do Sodré)], para a entrada de um parque de estacionamento vizinho:
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E as cancelas do parque de estacionamento (que passou a ser gratuito) foram retiradas…
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…o que permite aos automobilistas entrar no parque num dos lados e sair uns metros mais à frente do outro lado, regressando à avenida, contornando desta forma o local da interrupção do trânsito. Ou seja, os automobilistas já não precisam de subir o passeio: basta-lhes fazer um pequeno desvio pelo parque de estacionamento. E a própria sinalização colocada convida-os a fazer isso.
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É simples: após um pequeno desvio…
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…regressa-se à avenida:
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É mais fácil e rápido do que galgar o passeio: entra-se no parque…
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…e lá estão eles, num ápice, do outro lado:
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Voltou, naturalmente, a haver muito mais trânsito na avenida. Aqui vai outro:
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E outro:
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E outro:
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E outros três:
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Aqui quase aconteceu um choque. Que regra de prioridade se aplicará aqui? Continua a considera-se como saída de um parque de estacionamento, em que os automobilistas têm de ceder a prioridade? Ou já não é apenas parque de estacionamento e os automobilistas que dele saem têm prioridade sobre os que vêm na avenida em sentido contrário?  
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Este atrasou-se porque, no outro lado, depois de ver os sinais, não sabia se havia de virar à esquerda (para o parque de estacionamento), como indica o sinal de obrigação, ou de fazer primeiro a rotunda: fez primeiro a rotunda; os outros dois viraram logo à esquerda.
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Tudo isto no período de três minutos, em que, diga-se, passaram muitos mais carros do que aqueles que foram fotografados.
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Entretanto, o instinto de falta de civismo continua a ser mais forte em alguns condutores, que continuam a galgar o passeio, mesmo já não precisando de o fazer (!):
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E lá vai ele:
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Outro:
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Alguns vão deixando bocados de carro ao subirem ou descerem o passeio:
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O que terá estado na base deste recuo da Câmara Municipal de Lisboa? A convicção de que o derespeito da proibição era um indício que toda a população estava contra ela? Ou apenas uma demonstração de inaceitável fraqueza por parte da autarquia? Desde que a mudança entrou em vigor, era notória uma diminuição bastante significativa do trânsito automóvel neste troço final da avenida. Os infratores e os vândalos terão sido uma maioria, ou apenas uma minoria de automobilistas? Se os canteiros resultam com pessoas civilizadas, mas não resultaram neste caso, não teria valido a pena equacionar outro tipo de solução para impedir a passagem dos automóveis? E a polícia, alguma vez esteve presente no local? Terão os autarcas lisboetas chegado à conclusão de que a medida - que tinha por objetivo principal diminuir o trânsito no local da avenida situado entre as estações de metro e de caminho-de-ferro e a estação fluvial (no Cais do Sodré), atravessado por muitos peões ao longo de todo o dia, o que originava muitas situações de conflito entre trânsito automóvel e trânsito pedonal - foi, afinal, uma má ideia? Ou é simplesmente a "lei" do faroeste que prevalece?
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Uma vitória do automóvel e do vandalismo.  E uma derrota da cidade.
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31 comentários:

Fernando Paulo disse...

E os condutores precisarem de passar na av brasilia, já não lhe interessa? Vá lá ver se há transportes públicos. Não há um só. Tem que ser de carro.-

Cristina disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Em cada voto igualdade disse...

"Tem que ser de carro" xD


e é mesmo a lei do faroeste.

igual ou pior são as dezenas de postes que aparecem na img 5 e 6. era tão bom que não fosse necessário encher todos os passeios com pilaretes para ninguém estacionar lá em cima...

pelo menos esses devem ser mais difíceis de arrancar que os canteiros

Pedro Soares Martins disse...

joana,
Que irresponsabilidade! Acircantar ódios et porquoi? Não está muito melhor assim? O corte do trânsito foi um disparate que toda a gente reconhece. Acabaram-se os conflitos e agora é que você protesta? Não acenda chamas!
pedro soares martins

madeinlisboa disse...

Submissos covardes. Políticos patéticos e incompetentes que se submetem aos desejos de um bando de infelizes meninos da mamã que só falta andarem com o carro colado ao rabo.

asmelhoresfrancesinhas disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
asmelhoresfrancesinhas disse...

Pedro Martins, gostava de saber o que andas a fumar. É que é muito melhor do que fumavas antigamente e estou sempre interessado em novas experiências que me façam alucinar um bocadinho.

Pimpi disse...

Pela primeira discordo de um post vosso.

Não se trata nesta situação de vencer o automóvel. Pois se quisessem bastaria interromper a via com sinal proibido e torná-la pedonal o que não foi o caso nem a intenção.

A CML quis ser mais esperta e o que fez foi algo que escandalizou e bem qualquer cidadão, o que anda de carro e o que anda a pé. A CML obrigou o condutor que, para poder atravessar a Avenida, seria obrigado a entrar num parque de estacionamento e pagar a tarifa mínima. O condutor era obrigado a passar as cancelas do parque de estacionamento.

Seria isto legal?
Repare-se e se a CML resolvesse implementar esta medida nas restantes ruas, avenidas de Lisboa?

Acho que aqui a intenção não era evitar o trânsito, mas explorar mais o contribuinte (encher os cofres).

E o que foi feito por alguns condutores ou não, penso que aqui tenho sido sinónimo de desaprovação (com recurso a vandalismo).

Refiro novamente que concordo maioritamente com os vossos posts, neste tenho outro entendimento completamente diferente.

Beatriz disse...

"A CML quis ser mais esperta e o que fez foi algo que escandalizou e bem qualquer cidadão, o que anda de carro e o que anda a pé".
A mim não me escandalizou. Cuidado com as generalizações.

"o condutor que, para poder atravessar a Avenida, seria obrigado a entrar num parque de estacionamento e pagar a tarifa mínima. O condutor era obrigado a passar as cancelas do parque de estacionamento".
Isso é que é dar à volta ao texto!! Não é verdade que os condutores fossem "obrigados" a entrar no parque de estacionamento. Eram obrigados era a fazer inversão! Passou a ser rua sem saída. Alternativa? Usar a 24 de Julho. Qual a complicação? Quem queria ir para algum ponto dessa rua, podia continuar a ir, podia era ser obrigado a ir pelo Cais do Sodré. Resultado da alteração: a rua deixava de ser uma estrada de atravessamento e o trânsito resumia-se aos condutores que precisavam mesmo de ir para algum ponto da rua. Acho que é isso que também se faz lá fora! Só que perceber isto neste país, 'tá bem, tá!

madeinlisboa disse...

"Pois se quisessem bastaria interromper a via com sinal proibido e torná-la pedonal o que não foi o caso nem a intenção."

LOL

Cátia Vanessa disse...

Não sei o que me preocupa mas, se a cegueira do PSM, se o facto de, desta vez, ter mais seguidores, igualmente obtusos.

O objectivo daquele passeio e da interrupção da avenida era de reduzir o tráfego de atravessamento naquela avenida. A avenida não ficou fechada ao trânsito, apenas não era possível utilizá-la como via de acesso ou de saída do Cais do Sodré. E isso nem sequer terá que ver com facilitar a vida aos peões. Tratava-se de descongestionar uma zona muito bem servida de transportes públicos (comboio, metro, barcos, autocarros, eléctricos, táxis), para que, os que circulam nas ruas, possam funcionar melhor.

Claro que, o pior cego é aquele que não quer ver. Mas, neste caso, não é que não queiram ver. Falta-lhes inteligência para verem que a cidade não pode continuar a ter tantos carros.

Cristina disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Cátia Vanessa disse...

Cara Cristina,

Assumindo que se refere ao Largo Conde Barão, não percebo porque é para aqui chamado. No entanto, deixe-me referir-lhe que entre o Cais do Sodré e a estação de Santos, o atravessamento seguinte (infelizmente, não para pessoas de mobilidade reduzida), são apenas 1000 metros (e não 3 a 4kms). O que significa que alguém que apanhe um autocarro, ou o comboio, ou um eléctrico (a escolha é grande) terá, a ritmo muito lento, 10 minutos de caminho a pé, numa zona que a isso convida (ou deveria).

Mais à frente, entre a estação de Santos e o ponto de atravessamento seguinte, junto ao estaleiro da Rocha Conde de Óbidos (aqui, não é preciso subir escadas e tem semáforos para peões), a distância é de 700 metros, ou seja uma distância menor. Mais uma vez, qualquer um destes pontos de atravessamento está muito bem servido de transportes públicos na Avenida 24 de Julho.

Depois, entre o atravessamento da Rocha Conde de Óbidos e a estação de Alcântara (também esta muito bem servida de transportes públicos) são cerca de 1100 metros. Uma distância um pouco maior mas, ao contrário do que a Cristina afirma, existe a carreira 712 da Carris, que tem o seu términos junto ao Museu do Oriente. Assim essa distância fica reduzida para uns 800 metros, reduzindo o tempo de caminhada para menos de 10 minutos.

Claro que, quem gostar de caminhar, pode sempre sair numa paragem de autocarro no Museu de Arte Antiga e caminhar até Alcântara ou até, mesmo, Belém e depois voltar para trás, para ir alugar uma bicicleta em frente ao Museu da Cera.

Finalmente, perplexo fico eu por, tão facilmente, ver justificada a qualificação de obtuso (obtuso: pouco inteligente).

RF

A Nossa Terrinha disse...

Ponto 1: o processo foi, desde o início, muito mal gerido pela CML. A medida foi executada antes de ser anunciada, apanhando toda a gente de surpresa. Foi mal explicada. E a sinalização foi colocada de forma incompetente. Aliás, se o objetivo declarado era diminuir as situações de conflito entre o trânsito automóvel e o trânsito pedonal na zona da avenida entre as estações fluvial e de caminho-de-ferro, é incompreensível que, do lado do Cais do Sodré, o sinal de rua sem saída e o painel de aviso aos automobilistas tenham sido colocados, não logo no início da avenida (para inibir os automobilistas de entrar nela), mas só depois dessa tal zona das estações!

Ponto 2: acabam aí as razões de queixa dos automobilistas. Que, obviamente, não constituem justificação legítima para os atos de vandalismo praticados, nem para desrespeitar a proibição de circulação naquele ponto da avenida.

Ponto 3: a questão dos transportes públicos é uma falsa questão. Esta medida não obrigou os automobilistas a usar os transportes públicos ou a andar quilómetros a pé. Continuou a ser possível ir de carro a qualquer ponto da avenida. Repito, continuou a ser possível ir de carro a qualquer ponto da avenida. Os automobilistas não foram obrigados a entrar em parques de estacionamento pagando o respetivo valor ou a andar quilómetros a pé: a alternativa era simplesmente, para alguns deles (ou seja, só para aqueles que realmente queriam ir para algum local dessa avenida), dar uma volta maior de carro, ou seja, com o rabinho sentadinho no banco do popó.

Pode-se não concordar com a ideia de eliminar o tráfego de atravessamento. Não se perca é a lucidez…

Fernando Paulo disse...

Você não quer é admitir que não há transportes para a av brasilia. É uma infamia cortarem o trânsito sem haver transportes. Não se pode fazer as coisas assim.

João Rosa disse...

Venho informar quem de direito deste blog que não há tranportes publicos na avenida da brasilia.

Cátia Vanessa disse...

O Fernando, além de obtuso, é iletrado! O trânsito não foi cortado na Avenida Brasília, apenas a sua continuidade no local fotografado. Além disso, este artigo não é sobre haver ou não transportes na Av. Brasília, nem é sobre poder-se ou não circular de automóvel na Av. Brasília. É sobre os actos de vandalismo que ocorreram no ponto em questão.

Os transportes públicos são uma falácia que alguns leitores, incapazes de interpretar o que está escrito, arranjaram para tentarem justificar esses actos de vandalismo. Até porque existem autocarros e eléctricos com abundância na Avenida da Índia e, como expliquei antes, esta está a poucos minutos a pé. Quem não quiser andar a pé, continua a poder levar o seu carro até à Avenida Brasília, só que não o faz (ou não fazia) em toda a sua extensão.

Se conseguisse entender o meu comentário anterior, teria percebido que a medida da CML, embora mal implementada, procurava, simplesmente, eliminar o trânsito de quem não vai para a Avenida Brasília, mas apenas a utiliza como passagem para aceder ou sair de uma praça que devia ser, quase exclusivamente, para transportes públicos. Refiro-me, naturalmente, à praça do Cais do Sodré.

RF

Cátia Vanessa disse...

João Rosa, há comboios!

Cristina disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Cristina disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Cátia Vanessa disse...

Cara Cristina,

Tentando esmiuçar as suas incorrecções de português, assumo que por equivalente ao Conde Barão no lado da Avenida de Brasília, se refere a um qualquer ponto, na Av. Brasília, no mesmo corte seccional perpendicular à linha. Esse ponto, por acaso ou não, até é o pomo da discórdia deste artigo.

E se, de facto, eu estivesse errado quanto ao seu nível intelectual, teria percebido que os transportes da Avenida da Índia também servem a Av. Brasília. Esse "equivalente" de que tanto fala fica a menos de 300 metros da estação de comboios de Santos, onde pode atravessar a linha, vindo dos transportes públicos que passam na Avenida da Índia.

Pelo menos a Cristina parece dar-me ouvidos. Afinal, continua a dar-me razão quando a qualifico de obtusa e iletrada. Mas, não se preocupe que eu não me chateio, nem online, nem offline. Eu vou de bicicleta.

RF

Cristina disse...

Vocé é um mal criado e realmente apenas merece que o deixem a falar sozinho.
Mal empregada bicicleta.

Cátia Vanessa disse...

Entre as estações da CP do Cais do Sodré e de Santos são 900 metros (http://goo.gl/maps/6tZP). Qualquer pessoa de mobilidade normal é capaz de percorrer metade dessa distância em menos de 10 minutos. Além disso, é frequente um condutor de automóvel perder mais tempo do que isso à procura de estacionamento.

Como vê, não é preciso nem muito tempo disponível, nem grande condição física. No entanto, é preciso alguma inteligência e lucidez para perceber isso.

RF

SRT disse...

Não percebo o que têm os transportes públicos a ver com este post. Mas esta parte da Av. de Brasília é servida por duas estações de comboios, duas paragens de (muitos) autocarros e duas paragens de eléctrico rápido, em Santos e no Cais do Sodré. Por isso, não é preciso andar 900 metros a pé do Cais do Sodré a Santos: há comboios, há autocarros e há eléctrico rápido. Se a distância total é 900 metros, logicamente que para ir de uma dessas paragens / estações até algum local da Av. de Brasília, anda-se, no máximo dos máximos, 450 metros. Para andar 450 metros a pé é preciso ter “condição física”? Chegámos a este ponto?

madeinlisboa disse...

Esta gente é todos os dias explorada, roubada e violada pelas medidas do governo. Não interessa se comem pior, se os filhos andam em escolas de segunda, se têm um apoio médico miserável, o que interessa é que haja condições para o popó.
Patéticos!

Unknown disse...

La ver se consigo expor a minha opinião e obter uma resposta por parte da autora Joana.

1º Todo o processo foi mal gerido pela CML.

2º Eu enquanto condutor, entrei muitas vezes no parque, pagava e saia do outro lado, fazendo as contas sai mais em conta do que voltar para traz até Alcântara para dar a volta.

3º eu compreendo a vontade de todos em andar a pé e de bicicleta, faz bem a saúde, ao ambiente etc, mas deixo estas questões:

1º se o meu trabalho depende do uso automóvel, porque deve o meu trabalho ser prejudicado para que alguns possam passear a pé? É que passear não contribui para o desenvolvimento do pais e o trabalho sim.

2º quem quer andar de bicicleta porque não vai andar para o ginásio? no fim ainda podem tomar banho (poupam agua e gás em casa) e escusam de andar a incomodar quem conduz e trabalha.

3º Uma pergunta humorada: Mas tem algo contra rabinho sentadinho no banco do popó?? É que o carro fui eu que o paguei, o seguro sou eu que o pago, a gasolina também e o imposto de selo também.

asmelhoresfrancesinhas disse...

LOL
Se não fosse tão preconceituoso e tão pedante fazia-lhe bem.

Jorge F. disse...

«É que o carro fui eu que o paguei, o seguro sou eu que o pago, a gasolina também e o imposto de selo também».

Mas com os gases da combustão do seu carro sou eu que levo, com o excesso de carros na cidade (que só se combate eficazmente com estas e outras medidas) sou eu que levo, eu também estou a pagar impostos para suportar a brutal despesa pública feita + endividamento do país para servir um meio de transporte insustentável em meio urbano, que tem muitas consequências negativas para todos e para a cidade, etc.

E a propósito, também são os meus impostos que pagam a calçada e o mobiliário urbano que alguns animais destruíram neste local.

O mais extraordinário disto tudo é que enquanto esta proibição durou os automobilistas continuaram a poder ir com o carro a qualquer sítio da avenida!

P.S. Eu também trabalho.

Jorge F.

asmelhoresfrancesinhas disse...

"P.S. Eu também trabalho."

Mas obviamente que só o fazes de carro, porque como ficamos a saber é impossível que alguém que ande a pé ou de bicicleta trabalhe.

Maquiavel disse...

Pérola de Jorge Santos:
"quem quer andar de bicicleta porque não vai andar para o ginásio"
Das coisas mais estúpidas que li, ao nível do Carlos Barbosa! Vou guardar esta para a colecçäo "Faz mal respirar monóxido de carbono"!

Francesinhas, quem referiu que também trabalha foi o Jorge, que anda de bicicleta e a pé, e näo o idiota "Jorge Santos", o tal que acha normal o pessoal ir de carro para o ginásio andar em bicicleta estática.

asmelhoresfrancesinhas disse...

Sim, eu sei. Só estava a generalizar o corolário do pensamento do Jorge Santos que se sente incomodado enquanto «conduz e trabalha».