A praça, antes e depois do automóvel

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O pequeno vídeo que se segue é composto de excertos do famoso filme “Nuovo Cinema Paradiso”, de Giuseppe Tornatore (1988). O centro geográfico do filme é a praça central da vila de Palazzo Adriano (Sicília), onde se localiza o cinema que dá nome ao filme. O enredo começa nas primeiras décadas do século XX e termina nos anos 80. Veja-se a evolução da praça ao longo do século XX e aquilo em que ela acabou por se transformar (uma história comum a tantos lugares):
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Se não consegue visualisar o vídeo, veja-o aqui.
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P.S. Lamento a distorção da imagem (de 16:9 para 4:3).

Números: 24 – Passageiros da ferrovia: Portugal e a Europa

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O gráfico de cima mostra a comparação da evolução do número de passageiros do comboio em Portugal com a média da União Europeia a 12 (1980-1990-2000-2008, Índice 100 = 1980). A divergência é bastante clara a partir de 1990.
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O gráfico seguinte mostra a comparação da evolução do número de passageiros do comboio em Portugal com a média da União Europeia a 15 (1990-2000-2008, Índice 100 = 1990):
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Nota: relativamente à UE a 15 não há dados desde 1980, e daí que o período abrangido por este gráfico seja mais curto.
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A divergência entre a evolução portuguesa e a média da União é, mais uma vez, clara.
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Nos quatro gráficos seguintes, compara-se a evolução portuguesa com a dos restantes países da União Europeia (a 15), entre 1980 e 2008 (Índice 100 = 1980), exceto no caso dos três países entrados em 1995, relativamente aos quais a comparação é feita entre 1990 e 2008 (Índice 100 = 1990), por não haver dados anteriores disponíveis.
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Em todos estes gráficos, não há qualquer dificuldade em encontrar a linha respeitante a Portugal: é sempre a linha do fundo...
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Como resulta destes quatro gráficos, Portugal é o único país com uma evolução global negativa no período considerado. O gráfico seguinte, que junta os 15 países (Base 100 = 1990), revela bem como andámos a divergir de todos os outros países:
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Fonte: dados da União Europeia, exceto quanto a Portugal e Espanha, que são os dos respetivos países.

Números da nossa terrinha: 22 – Passageiros transportados pela CP (1982-2011)

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O gráfico seguinte mostra a evolução do número de passageiros transportados pela CP entre 1982 e 2011 (trinta anos completos):
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Número de passageiros (em milhões) transportados anualmente pela CP nos últimos 30 anos (1982-2011).
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230,7 milhões de passageiros: foi este o número máximo de passageiros transportados num só ano na ferrovia portuguesa, e foi atingido em 1988. Curiosamente, foi exatamente nesse ano que Cavaco Silva, em diploma por si assinado enquanto primeiro-ministro, aprovou o então denominado «Plano de Reconversão e de Modernização dos Caminhos de Ferro», na sequência do qual, e em apenas quatro anos, os comboios de passageiros deixaram de apitar em 973 quilómetros de linhas férreas (muitas das quais degradadas e/ou com traçados sinuosos e lentos), sem que a rede ferroviária nacional tivesse sido objeto de renovação. Os inúmeros serviços encerrados foram inicialmente substituídos por carreiras de autocarros, que perduraram apenas dois ou três anos. Seguiu-se uma queda quase ininterrupta no volume de passageiros transportados pela CP. Vinte e quatro anos depois de prioridade à rodovia, não subsistem dúvidas: a ferrovia portuguesa é hoje um caso de sucesso. O que, aliás, salta logo à vista olhando para o gráfico.