Circular em cadeira de rodas em Oeiras (4)

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RUA DA ÍNDIA
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A pequena Rua da Índia tem três passadeiras. Uma delas, por ter sido implantada junto a uma escola (recentemente demolida), está ao nível do passeio e constitui, portanto, um bom exemplo...
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...embora seja por vezes utilizada como lugar de estacionamento:
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Em qualquer das restantes passadeiras, embora o passeio esteja rebaixado e rampeado no seu enfiamento, a altura do lancil excede o limite máximo admissível.
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Também essas passadeiras são, por vezes, utilizadas para estacionamento automóvel:
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De nada vale, no entanto, o facto de um dos três atravessamentos ser acessível (quando livre de carros), pois os passeios desta rua são intransitáveis em cadeiras de rodas, por insuficiência de largura, sendo que os passeios têm vários estrangulamentos, causados, nomeadamente, por postes, sinais e uma árvore…
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Estrangulamento (perfeitamente evitável) do passeio no extremo Norte da rua.
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Uns metros mais à frente, um “original” poste disparatadamente colocado quase no meio do passeio.
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Outro poste, complementado por várias “prendas” caninas espalhadas pelo passeio com precisão sádica.
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E ainda outros dois postes, no passeio do lado oposto.
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…sendo que o cenário é agravado pela presença de caixotes de lixo deixados em cima do passeio…
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…por resíduos de jardinagem atirados para cima do passeio, impedindo a passagem de qualquer peão…
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…e por carros estacionados em cima do passeio:
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O mesmo carro, outro dia.
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Mais uma vez, e como se vê nestas imagens, apesar do espaço insuficiente para a circulação de cadeiras de rodas nos passeios, existem lugares de estacionamento automóvel ao longo de toda a rua, mostrando de novo o que se pretende privilegiar.
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Conclusão: rua não acessível.
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Mobilidade pedonal em geral: mais uma rua com espaço para a circulação automóvel e ainda com espaço para lugares de estacionamento ao longo de toda a sua extensão – mas onde é impossível a um pai ou a uma mãe percorrer qualquer dos passeios com um carrinho de bebé. Fazendo gincanas para se desviarem dos postes e sinais de trânsito, os restantes peões conseguirão transitar no passeio Nascente (o passeio junto do qual existem os lugares de estacionamento), havendo locais onde é impossível o cruzamento de peões ou simplesmente passar com um guarda-chuva aberto. No passeio do lado oposto, é sobretudo a presença de carros estacionados nos passeios que atira os peões para a faixa de rodagem.
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BECO DA RAPOSEIRA
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O Beco da Raposeira é um pequeno beco sem saída, que constitui o acesso a duas ou três casas que por ele têm as suas entradas.
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O beco tem largura suficiente para a circulação de cadeiras de rodas e – felizmente – não tem largura suficiente para os automóveis.
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Conclusão: rua acessível.
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No entanto, a sua única saída é para a…
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RUA CAPITÃO LEITÃO
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Esta é mais uma rua com estacionamento automóvel ao longo de toda a sua extensão, mas cujos passeios não permitem a circulação de cadeiras de rodas: de um lado e do outro, os passeios têm estrangulamentos que impedem a passagem de cadeiras de rodas, causados, nomeadamente, por caixas de eletricidade, sinais, postes e árvores:
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Entre outros obstáculos, como várias deformações importantes no pavimento…
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…acresce uma interrupção no passeio (precisamente no acesso ao Beco da Raposeira) com um lancil com mais de 16 centímetros de altura no recomeço:
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E para completar o cenário, imagens de uma vila onde tudo parece ser atirado para cima dos passeios:
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As oito imagens imediatamente anteriores referem-se ao local onde se situa uma das duas passadeiras existentes nesta rua. Ambas têm o passeio rebaixado, mas numa delas o lancil ultrapassa o máximo admissível.
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De resto, além de lixo e de caixotes de lixo a obstrui-las, também acontece haver carros estacionados:
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Conclusão: rua não acessível.
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Mobilidade pedonal em geral: o cenário repete-se mais uma vez: muito espaço para circulação e estacionamento automóvel, mas espaço insuficiente para os peões. É impossível percorrer qualquer dos passeios com um carrinho de bebé ou com um guarda-chuva aberto. Os passeios têm vários locais perigosos para invisuais e idosos. As imagens ajudam a explicar porque é que mesmo peões sem mobilidade condicionada circulam na faixa de rodagem.
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(continua)
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3 comentários:

Gonçalo disse...

Já que os membros camarários (e os ministros e deputados) e as forças de "segurança" só ouvem os cidadãos automobilizados, não existe um lugar onde se possa fazer queixa? Do género de uma União Europeia ou assim? Será que quem não concorda com o estado das coisas extremista (como muitas vezes se é chamado)?

Joao disse...

Isto realmente não são passeios, são espaços, onde às vezes cabem algumas pessoas :p
Falam aqui dos deficientes em cadeiras de rodas e nos carrinhos de bebés, mas também há gente muito gorda, as mulheres de saltos altos que ficam presos em todo o lado nesses passeios, etc. para as quais estes passeios também não servem.

madeinlisboa disse...

É claro que não são passeios. São extensões da estrada. Já fui chamado à atenção por certos indivíduos (inclusive polícias) por ter entrado com a bicicleta no passeio para a estacionar na estação CP de Oeiras, mas se perguntarem a essas pessoas (E POLÍCIAS) porque não dizem isso aos automobilistas que estacionam nos passeios, eles baixam os olhos e continuam em frente...