RUA
RODRIGUES DE FREITAS
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São duas as passadeiras
existentes nesta rua do centro de Oeiras. Em ambas, o lancil do passeio
ultrapassa o máximo admissível, chegando a ter uma altura de quase 10
centímetros.
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Repare-se que o passeio foi rebaixado para o contentor do lixo...
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Esta é mais uma rua que tem
lugares de estacionamento automóvel em toda a sua extensão. Mas os passeios são
demasiado estreitos para a circulação de cadeiras de rodas. Nenhum deles tem,
em toda a sua extensão, 1,2 metros de largura, com ou sem obstáculos.
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O passeio Sul – o passeio
ladeado por estacionamento automóvel – tem uma largura que varia entre aproximadamente
85 cm e 95 cm…
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…mas reduzida por obstáculos como sinais de trânsito, postes, parcómetros…
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…e este contentor de lixo
inacreditavelmente colocado no estreito passeio (e no enfiamento da
passadeira!) e que bloqueia a passagem a qualquer peão:
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Aparentemente, seria um sacrilégio
sacrificar um (um só!) dos muitos lugares de estacionamento automóvel para colocar o
contentor.
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Por seu turno, o passeio Norte
tem uma largura que varia entre pouco menos de um metro e 1,3 metros (já
no final da rua), pelo que não tem um mínimo de 1,2 metros em toda a sua extensão (trata-se de uma obra posterior a 1997 e, portanto, ilegal, por não se garantir uma largura mínima livre de obstáculos de 1,2 metros). É um passeio quase sem obstáculos – cremos que exemplar único
em Oeiras –, apenas com exceção de uma caixa de energia e de um sinal de
trânsito.
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Conclusão: rua não acessível.
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Mobilidade pedonal em geral: ambos
os passeios têm uma largura livre de obstáculos abaixo do aceitável. Ainda
assim, um peão circula sem dificuldade no passeio Norte. Os problemas começam
quando no passeio circulam vários peões ou quando, por exemplo, se cruzam um peão e um carrinho de bebé... Por seu turno, nenhum peão consegue
percorrer todo o passeio Sul, graças ao contentor que obstrói ridiculamente o
passeio; o resto do passeio é transitável (mas, possivelmente, não de guarda-chuva aberto).
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RUA
COMANDANTE CORDEIRO CASTANHEIRA
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Esta pequena rua localizada em
pleno centro de Oeiras, entre a Rua Neves Elyseu e a Rua Cândido dos Reis, é composta de
um troço pedonal e de outro com trânsito automóvel.
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A circulação em cadeira de
rodas do princípio ao fim da rua é inviabilizada pelas interrupções de passeio
nos dois cruzamentos existentes, devido à altura do lancil do passeio.
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No troço pedonal, a pessoa que
se desloque em cadeira de rodas não terá, em princípio, qualquer dificuldade em
circular... se não houver muitos veículos estacionados no espaço pedonal…
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No outro troço, o passeio
Nascente tem uma largura livre de obstáculos suficiente para que a deslocação
em cadeira de rodas se faça sem dificuldade, assegurando-se um corredor contínuo
com 1,2 metros de largura (sem saída, no entanto, porque a cadeira de rodas não
conseguirá prosseguir para as contíguas ruas Cândido dos Reis ou Álvaro António
dos Santos: trata-se de um troço isolado).
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Mas a
presença de veículos dos bombeiros (o quartel é ali ao lado) estacionados no
passeio, quando ocorre, obstrui a passagem de cadeiras de rodas.
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O passeio do lado oposto não é
acessível – e as «ilhas ecológicas» visíveis nas imagens seguintes foram
colocadas recentemente, criando um novo obstáculo ao direito de mobilidade das
pessoas que se deslocam em cadeira de rodas (mais uma obra ilegal, portanto):
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Na única passadeira existente
nesta rua, o lancil do passeio, embora rebaixado, excede a altura máxima
admissível.
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Conclusão: rua parcialmente
acessível.
A passadeira não é acessível sem
ajuda.
Não é possível a circulação em
cadeira de rodas de uma ponta à outra da rua.
No troço pedonal e no passeio
Nascente do outro troço, as cadeiras de rodas podem circular, exceto quando
veículos estacionados impedem a passagem.
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Mobilidade pedonal em geral: os
peões circulam sem dificuldade no troço pedonal. No outro troço, é fácil
perceber que no passeio Poente só conseguem circular peões sem mobilidade
condicionada (o que exclui, por exemplo, pais com carrinhos de bebé), e desde que
apreciem percursos do género “gincana”. No passeio Nascente, a circulação pedonal
pode, em princípio, fazer-se sem dificuldade, exceto quando os veículos dos
bombeiros estacionam em cima do passeio.
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TRAVESSA
DE SANTO ANTÓNIO
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Ainda em pleno centro de Oeiras, a
Travessa de Santo António é um pequeno arruamento pedonal, com mais de dois
metros e meio de largura.
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Ainda assim, encontrámos um
estrangulamento nesta rua, causado pelo alinhamento de um painel publicitário,
um grande pilar de pedra e as cadeiras de uma esplanada.
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Neste cenário, uma cadeira de
rodas só passa com ajuda, pedindo-se aos utentes da esplanada – se lá estiver
algum… – para desviarem as cadeiras.
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Conclusão: rua acessível / acessível apenas com ajuda (na situação descrita).
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RUA FEBUS MONIZ
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A Rua Febus Moniz (que entronca na anterior) é outro pequeno arruamento pedonal,
que chega a ter cerca de quatro metros de largura, e em qualquer dos seus dois
troços a cadeira de rodas pode circular.
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No extremo Poente deste
arruamento – cruzamento com a Rua Marquês de Pombal – a autarquia decidiu, no
entanto, instalar um parque de estacionamento automóvel para cargas e
descargas…
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…e em situações como a
retratada na imagem anterior uma cadeira de rodas não passa.
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Conclusão: rua acessível – mas
a presença de veículos estacionados no extremo da rua pode bloquear a passagem
de cadeiras de rodas.
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Mobilidade pedonal em geral: a
única dificuldade para os peões ocorre também no entroncamento com a Rua Marquês
de Pombal, pela razão apontada.
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RUA
MESTRE DE AVIS
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O passeio Norte (de um só
troço) da Rua Mestre de Avis tem uma largura muito variável, entre um máximo de 3,4 metros e um mínimo de
cerca de 40 cm – o que permite desde já concluir que não é acessível a cadeiras
de rodas:
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Junto à praça
central de Oeiras, num local onde o passeio é mais largo, a disparatada
arrumação do mobiliário urbano – alinhamento de vasos, árvore / poste e
uns pilaretes estupidamente afastados do extremo do passeio – inviabiliza a
circulação de cadeiras de rodas.
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Parece haver só uma explicação para esta colocação disparatada dos pilaretes: permitir que os automobilistas estacionem ilegalmente, colocando duas rodas dos veículos em cima do passeio...
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Quanto ao passeio Sul, em mau
estado em alguns locais…
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…tem dois troços. A sua largura
é muito variável, atingindo um mínimo de pouco menos de 1,2 metros neste local…
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Troço de passeio de construção posterior a 1997.
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…sendo que no troço Nascente a
largura varia entre os 1,7 metros e os 2,5 metros. Mesmo neste troço, contudo,
não existe um corredor contínuo livre de obstáculos com pelo menos 1,2 metros de
largura.
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Ainda assim, os
estrangulamentos existentes, num e no outro troço, não inviabilizam a passagem
de cadeiras de rodas.
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No entanto, é impossível passar
de um quarteirão ao outro, devido aos obstáculos existentes na ilha central e à
altura dos lancis dos passeios, intransponíveis:
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O local de passagem, cheio de obstáculos. Ao lado (na imagem, à direita da "ilha"), lugares de estacionamento automóvel...
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Junto deste cruzamento,
num local rebaixou-se o passeio junto à faixa de rodagem, supõe-se que para facilitar o
atravessamento da rua (embora não exista passadeira: não há uma única passadeira
nesta rua), mas o que se fez, na realidade, foi uma perigosa rampa de
lançamento para a faixa de rodagem:
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Também esta obra é posterior à Lei das Acessibilidades de 1997.
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Conclusão: rua parcialmente
acessível.
Não é possível circular de uma
ponta à outra da rua, por qualquer dos passeios.
O passeio Norte não é
acessível.
O passeio Sul não forma um
corredor contínuo livre de obstáculos com pelo menos 1,2 metros de largura. Em
cada um dos seus dois troços, os estrangulamentos não impedem, no entanto, a
circulação de cadeiras de rodas.
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Mobilidade pedonal em geral: o
troço mais estreito do passeio Norte é impraticável para a circulação pedonal. No
passeio do lado contrário, os peões conseguem circular.
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(continua)
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1 comentário:
Realmente, uma vergonha pegada.
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