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Há um género de passagens de peões que parecem ter sido desenhadas por gente que nunca atravessou uma rua a pé. Ou que não sabe para que serve uma passadeira. É verdade que a passadeira está lá, bem reconhecível: uma zebra na faixa de rodagem, atravessando-a. Mas nos extremos da passadeira não está o passeio. O iluminado projetista e os ainda mais iluminados autarcas que aprovaram o projeto acharam que era uma boa ideia meter lugares de estacionamento automóvel entre a passadeira e o passeio. É o que sucede nesta passadeira na Rua da Quinta Grande, em Oeiras (uma rua com muito tráfego rodoviário e pedonal):
Há um género de passagens de peões que parecem ter sido desenhadas por gente que nunca atravessou uma rua a pé. Ou que não sabe para que serve uma passadeira. É verdade que a passadeira está lá, bem reconhecível: uma zebra na faixa de rodagem, atravessando-a. Mas nos extremos da passadeira não está o passeio. O iluminado projetista e os ainda mais iluminados autarcas que aprovaram o projeto acharam que era uma boa ideia meter lugares de estacionamento automóvel entre a passadeira e o passeio. É o que sucede nesta passadeira na Rua da Quinta Grande, em Oeiras (uma rua com muito tráfego rodoviário e pedonal):
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Podemos deitar-nos a adivinhar o que é que terá passado pela cabeça destes senhores para projetar e aprovar esta aberração.
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É um exercício inútil. Isto é tão disparatado que jamais perceberemos.
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É um exercício inútil. Isto é tão disparatado que jamais perceberemos.
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Os anos passam e ninguém tem o bom senso de acabar com este absurdo. Como se não existisse aqui qualquer anomalia. Como se isto fosse normalíssimo.
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Talvez a solução passasse por obrigar os autarcas a (tentar) usar esta passadeira: primeiro, de mãos-livres; depois, duas pessoas cruzando-se em sentido contrário; depois, transportando sacos de compras; de seguida, com uma mala; depois, com um carrinho de bebé; finalmente, sentados em cadeiras de rodas. Talvez percebessem rapidamente.
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Talvez a solução passasse por obrigar os autarcas a (tentar) usar esta passadeira: primeiro, de mãos-livres; depois, duas pessoas cruzando-se em sentido contrário; depois, transportando sacos de compras; de seguida, com uma mala; depois, com um carrinho de bebé; finalmente, sentados em cadeiras de rodas. Talvez percebessem rapidamente.
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Seguidamente, e na perspetiva da segurança rodoviária, os autarcas deveriam ser obrigados a fazer o seguinte teste: circularem nesta rua de carro e aproximarem-se desta passadeira no momento em que uma pessoa (uma criança sua familiar, por exemplo) se tentasse esgueirar entre os carros estacionados para chegar à passadeira. Talvez ficassem a perceber como a visibilidade do peão (sobre os carros) e a visibilidade dos condutores (sobre os peões) fica seriamente afetada, tudo se agravando se o peão for uma pessoa de estatura baixa, como por exemplo… uma criança.
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Desengane-se quem pensar que este é um exemplar único: esta aberração repete-se muitas vezes pelo país fora. E em Oeiras acontece até em frente à Câmara Municipal…
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Se muitos autarcas largassem o automóvel de vez em quando e andassem mais a pé nos seus territórios de atuação, talvez passassem a ter mais sensibilidade para com os problemas dos peões, e imbecilidades como esta mais dificilmente ocorreriam.
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Se muitos autarcas largassem o automóvel de vez em quando e andassem mais a pé nos seus territórios de atuação, talvez passassem a ter mais sensibilidade para com os problemas dos peões, e imbecilidades como esta mais dificilmente ocorreriam.
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3 comentários:
No caso de Oeiras, não funcionaria. Na verdade, o Isaltino atravessa frequentemente aquela passadeira em frente à CMO porque, precisamente, o carro dele é o que estaciona nesse lugar.
Ele sabe, e até é inteligente, mas borrifa-se para o caso.
RF
Isso não dá votos...
Conheço vários casos idênticos em Queluz, que fotografei. Quando vi pela primeira vez o "prodígio" nem queria acreditar, tanto mais que me apressei a fotografar a coisa para registo futuro.
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