Circular em cadeira de rodas em Oeiras (15)

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AVENIDA MIGUEL BOMBARDA
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A Avenida Miguel Bombarda constitui o principal acesso pedonal entre o centro de Oeiras e a estação de caminho-de-ferro de Santo Amaro. A parte da avenida situada dentro da área que delimitámos no mapa é um pequeno troço entre as avenidas Duarte Pacheco e Carlos Silva. Nesse troço, existe uma passadeira, junto da qual os passeios foram rebaixados. Mas num dos lados a altura do lancil excede um pouco o máximo admissível – obstáculo que, ainda assim, se torna secundário ao pé de barreiras «mais intransponíveis» como veículos estacionados em cima da passadeira:
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O passeio Poente (ladeado por lugares de estacionamento automóvel) tem uma largura que varia entre 1,8 e 1,9 metros. Devido à existência de barreiras, não assegura, porém, um corredor contínuo livre de obstáculos com pelo menos 1,2 metros de largura...
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…e a má ordenação de equipamento urbano constitui um obstáculo à circulação de cadeiras de rodas:
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O passeio Nascente tem uma largura de cerca de 1,8 metros e, neste troço, o único obstáculo fixo que existe é um poste, que reduz a largura útil do passeio para cerca de 1,2 metros - precisamente o mínimo admissível. Mas a presença de carros estacionados em cima do passeio pode inviabilizar, na prática, a circulação de cadeiras de rodas.
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Conclusão: rua parcialmente acessível.
O passeio Poente não é acessível.
O passeio Nascente forma um corredor pedonal contínuo com 1,2 metros de largura, mas quando há carros estacionados em cima do passeio a circulação de cadeiras de rodas fica impedida.
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Mobilidade pedonal em geral: os peões conseguem, em princípio, circular em qualquer dos dois passeios. No passeio Poente, há locais perigosos, pelo risco de queda (nomeadamente, troncos de árvores mal cortados), sobretudo para invisuais.
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RUA JOÃO TEIXEIRA SIMÕES
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São quatro as passadeiras existentes nesta rua que vai do centro de Oeiras até ao Largo Luís Pereira da Mota. Numa delas, e para variar, os passeios foram bem rebaixados. Nas outras três, o rebaixamento foi mal feito e a altura do lancil ultrapassa o máximo admissível.
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Um carro estacionado no passeio, no enfiamento da passadeira. Todos os dias, este pedaço de passeio no enfiamento da passadeira está ocupado com estacionamento automóvel.
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A partir do Largo Luís Pereira da Mota, o passeio Nascente, no seu início, tem uma largura que chega a atingir 1,8 metros…
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…mas um sinal de trânsito colocado quase no meio do passeio reduz a sua largura útil para menos de 1,2 metros – a que acresce o mau estado da calçada em alguns locais.
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Ainda no mesmo troço de passeio, um pouco mais à frente, em frente à capela de Santo Amaro, a cadeira de rodas não passa:
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Prosseguindo pelo mesmo passeio, surgem novas barreiras, designadamente carros estacionados no passeio…
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…postes e ainda contentores de lixo…
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…ao lado de lugares de estacionamento automóvel (estes, sempre “sagrados”).
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Na passagem do primeiro para o segundo troço do passeio (junto à Rua dos Lusíadas), os lancis dos passeios são intransponíveis…
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…a que acrescem outras barreiras:
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No segundo troço do passeio, a partir da Rua dos Lusíadas, apesar da largura (bruta) de passeio entre 1,4 metros e 1,8 metros, árvores, sinais e carros estacionados no passeio constituem barreiras à circulação de cadeiras de rodas:
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O passeio estreita, mas há sempre espaço para estacionamento automóvel.
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Fazendo o percurso pelo passeio Poente, o cenário não melhora em termos de acessibilidade. No troço inicial, a partir do Largo Luís Pereira da Mota, encontramos uma largura de passeio de cerca de 1,7 metros…
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…mas também não é aqui que temos, em toda a extensão do passeio, uma largura livre de obstáculos de pelo menos 1,2 metros.
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O mesmo sucede, aliás, no resto do passeio (cuja largura, com obstáculos, varia entre 1,2 m e 2 m)…
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…com a agravante da presença frequente de carros estacionados em cima do passeio, que bloqueiam a passagem:
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Conclusão: rua não acessível.
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Mobilidade pedonal em geral: em qualquer dos dois passeios, são sobretudo os carros estacionados em cima do passeio, no troço mais próximo da praça central de Oeiras, que levam os peões a transitar na faixa de rodagem. Em alguns outros locais, uma pessoa não passa de guarda-chuva aberto, o mesmo sucedendo com carrinhos de bebé mais largos. Nesses locais, o cruzamento de peões ou a circulação de duas pessoas lado a lado também não é possível. Salvam-se os subtroços de passeio a Sul da capela de Santo Amaro, onde os peões têm condições minimamente decentes para circular.
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(continua)
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1 comentário:

Joao disse...

E a vergonha da mobilidade, continua!
Isto realmente, é tudo, mal planeamento, pouca fiscalização... enfim, uma vergonha.