Bike Buddy

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Transmitido na RTP em 10/6/2011.

24 comentários:

Nuno disse...

É uma bola de neve:

http://fugas.publico.pt/Viagens/286927_ha-uma-vasta-minoria-a-pedalar-por-lisboa

Pedro Soares Martins disse...

Joana,
Não insista mais com a bicicleta. Não tem o mínimo sentido. A Joana não pode querer provar, com uma rapariga a andar de bicicleta, que esse desiderato está ao alcance do comum dos mortais. Porque é que não arranja um video clip com uma senhora de 70 anos a subir e a descer as ruas de lisboa?
pedro soares martins

Nuno disse...

Pedro Soares,

Pela 10000000000000 vez: a bicicleta não é para todos, como o carro não é para todos (quantas "velhinhas de 70 anos" conduzem?).

Mas pode ser para dezenas de milhares de pessoas em Lisboa, mesmo até bastantes "velhinhas":

http://edinburghcyclechic.wordpress.com/2011/05/21/never-too-old/

Pode haver lugar para todos, que cisma...

Helder disse...

E sim, já sabemos, comparado com Lisboa, o Mundo (e arredores) é plano...

Nuno disse...

Ui Helder, nem me diga.

É que fui buscar de propósito o exemplo de Edinburgh porque é uma cidade super plana e com um clima estival, não é como as verdadeiras cidades alpinas de Portugal, esse inferno em que não se circula senão de tanque, e mesmo assim abnegadamente.

The Caped Crusader disse...

lol, este pedro soares martins é um pagode!

ó pedro, abra os olhinhos e viaje ou um pouco, ganhe um bocadinho de cultura que só lhe faz é bem, a ver se deixa de mandar bocas tristes e desajustadas como essas.

madeinlisboa disse...

Onde está o capacete? Não foi um bom exemplo o dado pelo Bike Buddy. E por favor, não me digam que o capacete não protege.

The Caped Crusader disse...

lol, capacete.

asmelhoresfrancesinhas disse...

Então Pedrito, não tens nada a dizer ao comentário do Nuno?

Helder disse...

MadeinLilsboa, o capacete em cidade é bastante discutido.

Ciclismo, btt, é ponto assente, em cidade, e apesar de alguma protecção há estudos que indiciam que o seu uso potencia derespeito/descontração por parte de condutores (sim, ainda mais...) e descontração do/a ciclista, pelo facto de achar que está protegido "contra tudo".

Além disso, promove a ideia que a bicicleta é perigosa e poderá afastar utilizadores.

É controverso, bem sei.

E Sim, o meu filho quando tiver idade, mais uns meses, vai usar.

Em cidade, eu não. E não considero irresponsabilidade.

Mas tenho a mente aberta a novas ideias.

madeinlisboa disse...

Sim, realmente é por causa de um pedaço de esferovite que eu vou descontrair...
Uma queda de nada, basta para o lado, sem capacete é muito mais perigosa do que com. Um poste, o passeio, um carro...
Continuem então a andar sem capacete... É tipico do português: depois de casa roubada, trancas à porta.

The Caped Crusader disse...

madeinlisboa, alguma literatura:

http://www.cyclehelmets.org/1139.html

Helder disse...

@MadeInlisboa, pratico BTT há mais de 20 anos e sempre com capacete (eram tão lindos, são...)e, nunca parti nenhum mas já vi o que poderia ter acontecido a colegas meus se não os tivessem, ou mesmo a mim, desde galhos, ramos, até um bidon(???)de água, por isso a questão das trancas comigo não funciona, mantenho o que escrevi anteriormente, não o uso em cidade conscientemente e não porque me atrapalha o estilo ou dá cabo do penteado (e dá!).

FeminineMystique disse...

madeinlisboa, um dos estudos feitos sobre o uso de capacete por ciclistas nas cidades mostrou que os condutores conduzem os seus carros a menor distancia de ciclistas com capacete do que de ciclistas sem capacete (os autores usaram sensores para calcular as distancias entre a bicicleta e os carros em circulacao). alem disso, e como foi dito acima, os ciclistas sao menos cuidadosos na conducao das suas bicicletas quando usam capacete do que quando nao usam. ou seja, se usam capacete ate' tem maior probabilidade de ter um acidente, mas terao a sua cabeca relativamente protegida; se nao usarem, tem menor probabilidade de ter um acidente mas estarao menos protegidos (mas nunca completamente protegidos, mesmo na cabeca). No fundo, usar capacete ou nao depende de cada um, e do equilibrio que encontra entre a probabilidade de ter um acidente e a protecao que quer ou nao ter.
Ja' agora, isto nao tem nada a ver com o ser portugues ou nao, que isto de sermos uma excecao cultural, mais as "nossas" especificidades e tal, ja' chateia...

Helder disse...

Digo mais, na minha infânci anuma terra do Ribatejo o que mais se via eram pessoas de bicicleta, para ir às compras para ir ao café para ir...Que me lembre apenas 1 teve um problema de maior (morreu...) atropelado por uma moto num cruzamento (muito complicado, estrada camarária com uma recta de 500/600m...).

Claro que o trânsito não é comparável bem sei mas fica a ideia.

Agora, percebo perfeitamente a questão do uso e como disse, há lá em casa quem vai começar a usar.

Cátia Vanessa disse...

madeinlisboa, também aqui (http://www.facebook.com/no.helmet.law) pode encontrar muita literatura que explica porque não deve ser obrigatório o uso de capacete.

A isso, acrescento-lhe a minha experiência pessoal. Utilizo a bicicleta de 2 formas distintas: como actividade desportiva e como transporte.

Quando estou a praticar desporto (btt), parte do interesse da actividade é a emoção despoletada por coisas como descer caminhos muito acidentados a grande velocidade. Nunca, mas mesmo nunca, pratico btt sem capacete.

No meu dia a dia, quando me desloco de bicicleta, mesmo quando às vezes rolo na estrada um pouco mais depressa – na minha bicicleta urbana, normalmente, entre os 25 km/h e os 30 km/h – nunca utilizo capacete. É desconfortável e inestético, e considero-o desnecessário.

O que distingue estes dois tipos de utilização é o risco envolvido em cada um deles. E o nível de risco está directamente associado ao nosso comportamento enquanto circulamos. Isto significa que posso passear-me por muitos dos caminhos de Sintra sem capacete e sem grande risco. Basta para isso seguir a velocidade moderada e evitar (abrandando ou desmontando) obstáculos.

Por outro lado, existe hoje em dia o btt urbano, em que se utilizam as vias da cidade como se de trilhos na floresta se tratassem. Neste caso, o capacete será indispensável. Para que conste, dou este exemplo apenas para mostrar que o risco não está apenas associado ao local mas, principalmente, ao comportamento. Para mim, btt é fora das zonas urbanas.

Ao meu pai, de 70 anos, que recomeçou recentemente a andar de bicicleta, recomendo-lhe o uso do capacete, pois já teve 2 ou 3 quedas em que este lhe poderia ter evitado ligeiras escoriações. Mas apenas porque, pela idade dele, e pela falta de hábito e, consequentemente, de destreza em circular de bicicleta, ainda não consegue evitar algumas situações.

Não sou contra o uso do capacete, apenas contra a sua obrigatoriedade. E está provado que a obrigatoriedade de utilização do capacete torna a circulação em bicicleta mais perigosa, pela diminuição do número de utilizadores (ver caso da autrália). Por oposição, em países como a Holanda ou a Dinamarca, poucos são os que utilizam o capacete.

RF

madeinlisboa disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
madeinlisboa disse...

Não deixa de ser irónico ler as respostas. Acham todos que nunca irão incorrer em nenhum acidente porque se acham bastante competentes em cima duma bicicleta. Esquecem-se do factor B, que são os outros.
Lembra-me os exactamente iguais argumentos do BMW Star. No fundo, vocês não são diferentes dele. Ele num carro, vocês numa bicicleta.

SRT disse...

"No fundo, vocês não são diferentes dele. Ele num carro, vocês numa bicicleta".

Não, madeinlisboa, é muito diferente. Se o ciclista não usar capacete, isso não põe em perigo os outros, mas só a ele próprio. A situação é mais comparável com a do uso do cinto de segurança nos automóveis. É a velha questão: a lei deve obrigar que os adultos tenham de pôr o cinto de segurança quando andam de carro?

Helder disse...

São questões diferentes: enquanto que o cinto de segurança, e nem vou falar na conjunção com airbags, têm estudos em que apenas marginal/ é prejudicial o mesmo não acontece com o capacete (ok, deve haver menos estudos) mas a questão importante aqui é/são realmente os outros: há estudos que demonstram que os condutores ficam mais relaxados ao pé de malta com capacete...e um capacete, não é integral, porque também podemos e se calhar devemos, madeinlisboa, andar com capacetes integrais, não de moto mas de DH, ou pelos menos os chamados mistos, tipo Met Parachute (http://www.met-helmets.com/index.php/en/component/content/article/11-mtb-enduro/11-parachute), porquê ficar a meio?

Afinal, em BTT, já cai e tive escoriações na cara, o capacete não protegeu, com o Parachute ou com um integral já protegia, mas...tentem fazer 80km no verão com um capacete integral...

asmelhoresfrancesinhas disse...

"há estudos que demonstram que os condutores ficam mais relaxados ao pé de malta com capacete.."

Ainda aqui há uns meses saiu um estudo (realizado em Portland, que como se sabe é a cidade americana com maior percentagem de viagens em bicicleta, rivalizando mesmo com muitas cidades do Norte da Europa) sobre o comportamento dos condutores quando em presença de ciclistas na estrada, em que concluíram que os condutores tinham mais cuidado em presença de mulheres em bicicletas urbanas, sem capacete e de mini-saia...
O pior comportamento dos condutores dava-se em presença de uma mulher ou um homem (era indiferente) vestidos com equipamento desportivo (calções, roupa reflectora, etc.), em bicicleta de estrada e com capacete.
Isto saiu numa revista científica, não fui num sítio qualquer sobre bicicletas.
Eu até metia aqui o link, mas já não sei onde encontrei a história (talvez no cityfix.com, mas não tenho a certeza).

Por isso madeinlisboa, aqui ninguém se está a esquecer «do factor B, que são os outros», estamos a analisar a informação de que dispomos para tomar uma decisão, e essa decisão é maioritariamente influenciada pelo nosso comportamento mas sim pelo dos outros.

asmelhoresfrancesinhas disse...

«e essa decisão é maioritariamente influenciada pelo nosso comportamento mas sim pelo dos outros. »

Obviamente que face ao que eu disse, falta ali um «não» a seguir a «decisão».
BTW, excepto em trajectos muito curtos (tipo ir à mercearia que fica a 3 quarteirões) ando na grande maioria dos casos de capacete.

The Caped Crusader disse...

FeminineMystique, gosto de ti pá. :)

Miguel Barroso disse...

Para quem acha que o capacete é assim tão necessário, recomendo a leitura da página da ECF (European Cyclists Federation): http://www.ecf.com/3675_1

Eu ando de bicicleta em Lisboa há 20 anos. Muitos milhares de kilómetros feitos portanto. Tenho também outros tantos feitos em BTT. Neste caso, uso capacete, já tive inúmeras quesdas e já rachei dois. Em cidade nunca uso, nunca tive qualquer acidente, ou estive sequer em situação eminente de ter um acidente.

Não comparem o uso do cinto de segurança no carro, com o capacete na bicicleta - um estudo francês (http://www.securite-routiere.gouv.fr/IMG/pdf/DP_velo_08_03_05_cle18b8c5.pdf) aponta que de carro (com cinto de seg.) temos mais probabilidade de sofrer uma lesão craniana do que de bicicleta (24% vs 17%)

Por fim, sugiro uma vista de olhos nestes artigos: http://www.lisboncyclechic.com/?tag=capacete