Circular em cadeira de rodas em Oeiras (5)

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RUA D. FRANCISCO DE ALMEIDA
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São duas as passadeiras existentes na Rua D. Francisco de Almeida, uma em cada extremo deste arruamento. Em ambas o passeio foi rebaixado e rampeado, mas mais uma vez o lancil excede o máximo admissível. No caso da passadeira Nascente, chega-se ao ponto de o lancil do passeio, junto à passadeira, ter mais de 10 centímetros de altura.
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O estacionamento de carros em cima da passadeira é frequente nesta rua:
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E não há dia que passe em que, no acesso à passadeira Nascente (por sinal, um local de passagem de muitas crianças, como as que se veem na imagem anterior), o passeio não esteja ocupado com carros estacionados:
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Esta é, de qualquer forma, mais uma rua cujos passeios não podem ser percorridos em cadeira de rodas. No lado da rua onde existem lugares de estacionamento automóvel…
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[O espaço para estacionamento automóvel nunca falta]
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…o passeio não é acessível a cadeiras de rodas, devido a estrangulamentos causados, nomeadamente, por postes, árvores e arbustos:
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Um arbusto plantado no meio do passeio: quem é que terá tido esta ideia?
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No lado oposto, árvores, postes e... outro tipo de obstáculos…
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Alguns dias depois, o mesmo lixo, no mesmo local...
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…obstam a um corredor contínuo livre de obstáculos com a largura mínima de 1,2 metros e não permitem a circulação de cadeiras de rodas, exceto no pequeno troço de passeio entre a Rua Heliodoro Salgado e a Rua da Índia (se ignorarmos as plantas selvagens não cortadas – que são uma presença constante)…
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…mas este troço tem, por vezes, outros tipos de obstáculos, como resíduos de todo o tipo…
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[Que permanecem no passeio vários dias seguidos: o lixo que se vê nesta última imagem, por exemplo, permaneceu no passeio durante mais de uma semana…]
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…pavimento irregular originando inclinações excessivas…
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…ou carros estacionados no passeio:
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O estacionamento em cima do passeio ocorre, aliás, noutros locais da rua:
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Conclusão: rua parcialmente acessível.
Não é possível percorrer a rua em cadeira de rodas em qualquer dos passeios. Só o pequeno troço do passeio Sul entre a Rua da Índia e a Rua Heliodoro Salgado – com uma largura livre de obstáculos de cerca de 1,2 metros – é que permite a circulação de cadeiras de rodas. Mesmo esse troço é, por vezes, intransitável, quando há resíduos no passeio (que por vezes permanecem na calçada durante vários dias seguidos) e/ou carros estacionados.
Ambas as passadeiras chumbam.
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Mobilidade pedonal em geral: mais uma rua com espaço generoso para a circulação rodoviária e onde ainda existe espaço para estacionamento de carros – mas com espaço insuficiente para a circulação pedonal. Para quem aprecia gincanas e um percurso incómodo, o passeio Norte será uma opção (havendo vários locais onde é impossível o cruzamento de peões ou a circulação de duas pessoas lado a lado). Percorrer a rua com um guarda-chuva aberto, com um carrinho de bebé, com sacos de compras ou com uma mala com rodas, por exemplo, só se revela praticável pelo passeio Sul e, mesmo assim, apenas se a passagem não estiver obstruída com lixo ou carros.
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(continua)
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4 comentários:

Raul Mourão disse...

E o que quer você fazer? Quer mudar o mundo?

Bessa disse...

Que tal aplicar a lei, apenas isso. É pedir muito se calhar? A falta de cumprimento de regras elementares trouxe-nos a onde estamos como sociedade, se calhar era hora de pensar e fazer as coisas de maneira diferente...

madeinlisboa disse...

O tuga não está preparado para viver segundo a lei. Mentalmente, vive na idade média.

Joao disse...

O prelizidente "da junta" da câmara de Oeiras não anda a pé, e se anda, devia experimentar andar numa cadeira de rodas e se conseguisse percorrer todas as ruas da cidade numa: sempre no passeio, atravessar as estradas apenas nas passadeiras, deveriam oferecer-lhe 1000€