Dois turistas nórdicos em Lisboa

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Nunca teve curiosidade de saber o que pensarão os turistas do Norte da Europa quando passeiam a pé em Lisboa pela primeira vez? Em rigoroso exclusivo, o blogue A Nossa Terrinha mostra-lhe um pequeno excerto de um trajeto pedonal de dois turistas nórdicos no centro de Lisboa.
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A Mariansen e o Erik (nomes acabados de inventar) chegaram ontem à noite a Lisboa. Do aeroporto para o hotel, voaram de táxi através das modernas avenidas-vias-rápidas Marechal Gomes da Costa e Infante Dom Henrique. Acabaram de sair à rua pela primeira vez e vão a pé na direcção de Belém. Segundos depois de saírem do hotel, estavam aparentemente desorientados, como se estivessem à procura de um percurso pedonal, no meio desta magnífica praça excelentemente aproveitada do centro de Lisboa, onde os automóveis estacionados têm o invejável privilégio de apreciar toda a beleza do sítio...
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[clicar nas fotografias para ampliar]
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Ana, Catarina e Joana
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Fotografias: Joana
História e diálogos: Ana e Catarina 

Os dois turistas, não os conhecemos. A história inicial e os diálogos são inventados. As fotografias são bem reais...
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Nota para os mais distraídos: estas imagens não pretendem retratar a realidade de toda a cidade de Lisboa. 

41 comentários:

Luís Lavoura disse...

É realmente impressionante a lata que a Joana tem a tirar fotografias a pessoas.

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Tirando ser um pouco sádico ir atrás de um casal só porque são estrangeiros com uma máquina fotográfica, esta bela bosta não tem uma ideia decente. É só assim um moralismo de três pessoas que pensam pouco no mundo, na vida e nas pessoas. Pensam em carros e lugares de estacionamento, em passeios livres, quando as nossas vidas não são livres. Simplesmente patético.

Jorge disse...

Está muito bom! Mas o Luís Lavoura há-de vir outra vez dizer que há zonas de Lisboa onde se deve desincentivar as pessoas de andar a pé, como fez a propósito da avenida 24 de Julho.

madeinlisboa disse...

Bela reportagem que demonstra a miséria que é Lisboa, uma cidade que deveria ser amigável para o turista. Bem enganados são eles com anúncios, imagens e videos onde não se vê um único carro.

E quem quiser, vá enviando estas reportagens para a CML.

E já agora, as boas vinda ao novo troll: YP :)

Madalena disse...

A décima imagem está fabulosa!

Sofia Pinheiro disse...

Eu costumo dizer que há certas áreas das cidades em que se devia proibir os peões de lá passar, porque foram feitas para benefício dos carros, para facilitar a circulação. Não sei dizer se é este o caso porque não conheço-o, mas as autoras deviam de pensar nisso antes de fazer estas brincadeiras parvas.

Luís Lavoura disse...

A Sofia Pinheiro tem alguma razão em que há partes da cidade onde os peões não devem passar. Por exemplo, em Lisboa, a Praça de Espanha, e diversas vias rápidas.

Só que, a parte da cidade retratada nestes posts é o Cais do Sodré, um centro de transportes coletivos necessariamente muito frequentado por peões.

Mas, para fazer justiça à Sofia, a verdade é que poucos lisboetas se aproximam do Cais do Sodré a pé, vindos, como estes turistas, do Corpo Santo. A maioria dos lisboetas dirige-se ao Cais do Sodré em transportes coletivos. Que era o que estes turistas, se devidamente avisados, deveriam também ter feito...

Rui Rocha disse...

Mas Luís Lavoura,

Embora o Cais do Sodré seja um interface, é também um destino origem. Há um mercado bem próximo, restaurantes, e até pode ser uma das portas do bairro alto. Não é assim tão estranho andar ali a pé.

É óbvio que falamos de uma avenida movimentada dedicada (necesseriamente) ao automóvel, mas penso que o que o grande problema aqui é o estacionamento em cima dos passeios, que claramente, (ao contrário do que diz a Sofia Pinheiro)foram feitos para os peões, não para automóveis.

Luís Lavoura disse...

Rui Rocha,

o único problema de estacionamento em cima dos passeios que vi nesta imagem foi uma mota. Carros, estavam em cima das passadeiras de peões.

De resto, e se bem interpreto estas fotografias, os turistas atravessaram a pé o parque de estacionamento do Corpo Santo, coisa que não precisariam de ter feito (poderiam ter seguido pela rua do Arsenal, que tem passeio contínuo).

Chegados ao Cais do Sodré, os turistas não podem atravessar a praça (nenhuma praça pode ser atravessada!) e tiveram que procurar passadeiras para lhe dar a volta. Lamentavelmente, as passadeiras do lado do rio, por onde atravessaram, têm algumas peculiaridades indevidas.

Enfim, os turistas tiveram alguns dissabores, próprios de gente mal avisada. Da próxima vez que forem ao Cais do Sodré deverão seguir pela rua do Arsenal e atravessar pelas passadeiras da avenida 24 de Julho, as quais dão o acesso mais direto aos comboios e barcos. É o que qualquer lisboeta conhecedor do local faria.

(O pior para os turistas nem é isto tudo. O pior é que, chegados à praia do Tamariz, descobrem que a água está frígida. Há um mês e há dois meses atrás a água no Tamariz estava ótima, mas agora está um horror. Os turistas escolheram mal a época para cá vir.)

Pedro Soares Martins disse...

O comentário disparatado a que acabámos de presenciar revela como os adoradores deste blog têm uma predisposição para dizer mal por dizer mal. Eu não vejo estacionamento nenhum em cima dos passeios, mas o comentador Rui Rocha viu. Deve ter uns óculos especiais.
Interpretar as cidades é saber aceitar diferentes funções para os vários locais. É inaceitável que as autoras queiram pedonalizar por pedonalizar, quando salta à vista que nesta zona a ocupação fundamental tem que ser do carro. Não diga, Rui Rocha, que há um mercado, que há restaurantes e que há a estação da CP, porque as pessoas podem vir de carro e estacionar ou podem vir de transportes públicos. Ninguém as obriga a andar a pé. As pessoas não podem querer andar a pé na cidade toda! Qualquer dia querem o quê, tirar os carros das cidades?
pedro soares martins

Rui Rocha disse...

Efectivamente nestas fotos não há carros estacionados em cima do passeio (também não disse que havia nestas fotos), mas será que temos de percorrer muitos metros para encontrar tal fenómenoo?

Claro que as pessoas podem ir para esses locais de transportes públicos ou de carro, mas é inevitável andar a pé, a estação é do outro lado da avenida, e ninguem entra num restaurante e afins de carro.

By the way, quem é o Pedro Soares Martins para falar em comentários disparatados?

Pedro Soares Martins disse...

Non sense. Puro non sense. O andar a pé aqui é só residual. Se vocês todos se habituassem a reclamar onde é preciso reclamar, a vossa posição era muito mais forte. Agora, numa avenida como esta ou como na avenida da Liberdade, onde há estacionamento para quem quiser e onde inclusivamente há transportes, não é aí que devem surgir a reclamar passeios e espaços para andar a pé. Apontem as setas para outros sítios, que fazem melhor.
pedro soares martins

Passeio Livre disse...

Aos Luíses Lavoura deste Blog. Carros sobre o passeio nos suburbios de Lisboa, lá para os lados do Cais-do-Sodré:
http://passeiolivre.blogspot.com/2011/06/profissionalismo-psp-cemusa-lda.html

Cátia Vanessa disse...

As cidades são, desde que o ser humano se agrega, feitas para estimular a convivência humana. Seja para simples lazer, seja para actividades comerciais. Cidade nenhuma resiste se essa convivência desaparecer e, de dentro de um carro, ela não existe, nem é possível existir, dentro das cidades.

Assim sendo, dentro das cidades, a prioridade deve ser para o peão, e não deveriam existir locais dentro de uma cidade interditos ao peão. Quanto mais não seja, se o carro se avariar em plena Praça de Espanha, o peão tem de ter a hipótese de sair do carro e seguir a pé.

Em relação ao Cais do Sodré, não só é uma zona de interface de transportes, como é também uma zona onde ainda existe algum comércio de rua com tradição. Nomeadamente, a Rua do Arsenal é famosa pelas suas charcutarias, entre outras. Se não se andar a pé por ali, sobram duas hipóteses:
- cada potencial comprador pára o seu carro à porta da loja onde pretende entrar (como o passeio é exíguo, terá mesmo de ser sobra a faixa de rodagem)
- muda-se aquelas lojas todas para o Dolce Vita Tejo e, pelo menos, mantêm-se a "proximidade" com o Rio

Ao idiota que escreveu que as praças não são para serem atravessadas, recordo que ao centro da Praça do Duque de Terceira (aquela que fica ao início da Rua do Alecrim, e que o casal das fotografias tenta atravessar) encontram-se paragens de autocarros que são inacessíveis por passadeiras. Simplesmente não existem. Assim sendo, proponho também duas hipóteses:
- eliminar as paragens de autocarro daquele local e sobrecarregar as que existem mais próximo do rio
- colocar as paragens de autocarro junto aos passeios da 24 de Julho e, assim, contribuir para o abrandamento da velocidade do tráfego nesta avenida/via-rápida.

"By the way, quem é o Pedro Soares Martins para falar em comentários disparatados?"
O PSM é o nosso "troll" favorito, capaz de nos divertir com os disparates mais inesperados. Poderia ser rebaptizado de Pateta Simplório Mentecapto. Entretanto, parece que podemos dar as boas vindas ao YP como novo animador...

RF

Luís Lavoura disse...

Passeio Livre

o seu linque mostra duas fotografias com apenas uma carrinha sobre um passeio, o qual aliás é muito largo, pelo que essa carrinha pouco incomoda.

De qualquer forma, ninguém disse que não haja carros sobre passeios perto do Cais do Sodré. O que eu argumentei foi que o caminho mais adequado para um peão que se dirige da Baixa para o Cais do Sodré é pela rua do Arsenal e contornando a praça pelo lado norte. Nesse trajeto os passeios não costumam, que eu saiba, estar bloqueados por carros (até porque a rua do Arsenal só tem transportes coletivos).

Os turistas não sabiam isso, pelo que tomaram um caminho menos adequado. Acontece a qualquer turista...

Luís Lavoura disse...

bicicleta

não discuto com pessoas que tratam os seus opositores por "idiota", "pateta", "simplório" e "mentecapto". Você não será nada disso, mas é certamente uma pessoa com falta de chá.

Jorge disse...

Terei lido bem? Alguém falou na rua do Arsenal? Aqueles passeios são ridículos, Luís Lavoura! São mini-passeios para o volume de pessoas que passa ali. Muitas pessoas acabam por ter de andar na estrada, para se desviar das outras pessoas que andam no passeio. Aconselho-o a ir lá ver.

LxP disse...

Luis Lavoura

Um dos meus destinos, em transporte público, para a cidade de Lisboa é o Cais do Sodré ou o Corpo Santo a partir do qual faço o resto da minha deslocação a pé. De todas as vezes que faço isso sigo sempre pela Ribeira das Naus e entro directamente no Corpo Santo em vez de ir pela Rua Infernal. E faço-o por ter mais espaço e por o trajecto ser mais simples. Para ir para a estação atravesso sempre pelo parque de estacionamento/terminal da Carris porque é mais simples e mais prático, nomeadamente por não ter tantos conflitos com o tráfego rodoviário e as passadeiras serem mais seguras.

Se sigo para a Baixa (e se ficar no Cais do Sodré) sigo pela Avenida da Ribeira das Naus que apesar de tudo, é melhor que a Rua Infernal.

Agora vem-me aqui dizer que estou errado?? Mesmo depois de fazer o que o Luis propõe que eu faça e ter chegado à conclusão que tal percurso era pouco prático, perigoso e stressante?

E mais, para sair do comboio no Cais do Sodré e apanhar o autocarro 790 para o Campo dos Mártires da Pátria é esse o caminho que faço...porque lamentavelmente este autocarro passa no Cais do Sodré mas não para, fazendo-o apenas no Corpo Santo. E já levo dois anos nisso...para algo deve contar a minha experiencia.

Maquiavel disse...

Por isso é que Lisboa me perdeu como turista, a mim e a todos as pessoas, estrangeiras ou não, a quem possa dar dicas de viagem.

Lá está, o "Erik" a pensar que nos folhetos é tudo tão lindo... depois até pensam que se enganaram no vôo, ou que há outro país chamado Portugal, sei lá!

Ó LL, se calhar os operadores turísticos deveriam criar mapas com os "circuitos de gincana urbana" para os turistas...
"se quiser visitar a zona [X] e ver os interessantes [Y, Z] que são a 50 metros um do outro, siga o nosso excitante circuito por ruas e ruelas à volta, evitando alegremente ser atropelado ou intoxicado com fumo enquanto segue aos zigezagues!!!"...
que bela promoção turística: os franceses têm praças livres, os alemães ruas pedonais, os tugas têm GINCANAS URBANAS!

Lá vou eu daqui para a Alemanha viajar... mas agora até paro em França, após ler as dicas das autoras deste belo blogue!

Dario Silva disse...

Não, não há caos aqui.
Há a harmonia muito própria de cidades a quem… o medo não assiste, só um grande futuro, irrevogável.

É por isso que eu sou 200% a favor de aumentar os bilhetes de transportes públicos mais e mais e, assim, trazer mais e mais pessoas para dentro dos seus bólides. Quantos mais, melhor…

madeinlisboa disse...

Fazer férias cá dentro Sr. Cavaco Silva? Não me parece. Foi um dos que ajudou a acabar com o turismo em Portugal e nem sequer sabe o que é um transporte público. Prefiro nem ter férias do que perder o meu tempo e dinheiro em Portugal.

Passeio Livre disse...

Luís Lavoura, dizer que o passeio é largo e por isso o carro no passeio pouco incomoda demonstra total insensibilidade por muitas pessoas, nomeadamente as mais vulneráveis. Acresçamos também que um carros sobre o passeio é a principal causa de deterioração da calçada um custo que sairá do bolso de todos e ainda por cima a principal causa de queda de idosos que muitas das vezes têm como consequência indirecta a própria morte.

Mas o que o Luís diz e acha, já não espanta. Há uns comentários atrás o problema dos carros no passeio era só nos suburbios de Lisboa.

Bessa disse...

Há quem viva na pocilga porque não tem outro remédio. Há quem não perceba que vive numa pocilga, porque nunca de lá saiu. O que custa um bocado perceber, é que há quem defenda publicamente a pocilga e exija que os outros se contentem também com chafurdar.

Cátia Vanessa disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Cátia Vanessa disse...

Caro LL,

Gosto muito de chá e tomo-o há muito tempo. Considero-me e, por quem me conhece, sou considerado uma pessoa educada e civilizada. Até admito que os adjectivos que usei poderão parecer desagradáveis, principalmente, para aqueles que foram assim qualificados.

Mas, como poderá verificar pelas definições abaixo, e de acordo com todas as enormidades por eles (os tais idiotas, patetas, simplórios/sacanas, e mentecaptos) publicadas, são absolutamente oportunos e justificáveis:

idiota:
que é pouco inteligente ou não tem bom senso; pateta; parvo; tolo

pateta:
1.que ou pessoa que demonstra falta de bom senso; tolo
2.que ou pessoa que revela ingenuidade; ingénuo; simplório

simplório:
indivíduo sem malícia que facilmente se deixa enganar, papalvo

mentecapto:
1. que ou aquele que perdeu o uso da razão; alienado
2. tolo; parvo; inepto

Quanto muito, simplório poderá ter sido pouco adequado, pois não me parece que as pessoas em questão afirmem o que afirmaram por ingenuidade (e pelo equívoco apresento as minhas desculpas). Sacana (espertalhão; trapaceiro) talvez fosse mais adequado.

Quanto a discutir ou não comigo, também isso poderá ser alvo de dalgumas qualificações. De acordo com a definição de discussão (debate sobre um tema ou uma opinião, em que cada pessoa defende argumentos opostos), da sua parte pouco se tem visto algo parecido. Os argumentos que lhe são apresentados, são ignorados. Os seus "argumentos" são, quase sempre, baseados em palpites pessoais de um alienado, que refere Lisboa como uma cidade que mais ninguém conhece e que se contradiz consoante o tempo que faça nesse dia.

Responda-me, ou não, pouca diferença me faz. Não retiro uma palavra (apenas troco simplório por sacana).

RF

PS: até hoje, e depois de já ter lido muitos comentários do PSM, continuo na dúvida se ele não aparece aqui apenas para lançar a discórdia e chocar quem o lê. Qualquer dia descobrimos que se trata de uma pessoa de mobilidade reduzida, que não conduz e que deixou de sair de casa pois a sua porta estava sempre bloqueada por carros aí estacionados.

Peão Indignado disse...

Esta reportagem está simplesmente brilhante. Parabéns à sua autora.

Joao disse...

Achei imensa piada a esta reportagem.

Posso fazer duas sugestões? Que uma marca de carros ofereça um automóvel a cada um(a) dos autores(as) para ver se calam-se com estas reportagens... claramente já tentaram as revistas, mas nunca saiu nenhum e agora toca a atacar as obras de arte.

A segunda é que mandem isto para a SIC, eles iam certamente achar piada e fazer uns quantos episódios... sempre chegava a ideia... boa de por os boguinhas no sítio... na garagem delas. ahah

Joao disse...

Agora a sério... é uma vergonha o estado a que chega uma cidade! Veja-se que para além da poluição visual, ainda há a sonora, como ainda a poluição do ar.
Alguém sugere que os turistas deviam ter ido pela outra rua, mas a questão está a ser posta ao contrário... porque raio eles não podem ir por aquela se até tem lá os passeios... porque razão não são espaçosos, contínuos, seguros e livres de poluição visual?
Claro que compreendo que tem de haver algum estacionamento para quem vêm de fora prestar serviços esporádicos (tipo TV Cabo, e outros serviços similares que fazem as intervenções necessárias e seguem)... agora aqueles que vão para lá trabalhar todos os dias porque é ali o local de trabalho, já deveriam usar mais o transporte público... mas sempre se esquecem do quão perigoso são os transportes públicos em Lisboa, da sua periodicidade, da sua alta complexidade (eu que sou da província já acho as 3 linhas que por cá existem uma confusão... imaginem Lisboa!!!) e os preços extremamente elevados e sempre a subir... e ainda o tempo que se passa. E quando à greves (e são frequentes!) a confusão que é! Transportes públicos tem um problema... dependem de muitas pessoas, deveriam ser automatizados e só precisar de muito pouca gente para monitorizar tudo e bem pagos.

Joao disse...

E toda essa confusão tem sempre a vantagem que muita gente saiu, e muita não voltou devido a todos esses problemas (barulho, poluição, confusão, falta de acessibilidades (bons passeios), ASSALTOS frequentes!)... e pelo menos quando houver o próximo grande sismo seguido de tsunami talvez não exista tantas mortes como poderia haver em Lisboa. É preciso não esquecer que mesmo sem tsunami, o terramoto destruiria grande parte da cidade, que viu os seus queridos parques de estacionamento remover a água do solo e assim enfraquecer as estruturas dos prédios anti-sísmicas... e como estamos em Portugal, ninguém vai a correr substituir as madeiras por molas metálicas ou parecido para manter a integridade estrutural dos edifícios no próximo grande sismo.
Se acham que as latas são um problema, esperem ver os escombros dos prédios e aí é que vão ver o que são problemas a sério. E como a maior parte das ruas de Lisboa são enormes (not)... é ver ruas desaparecerem. E se vier a onda a seguir é que vai ser a desgraça total!

SRT disse...

Alguém falou que não havia carros no passeio neste sítio? Então tomem lá:

http://www.facebook.com/passeiolivre#!/photo.php?fbid=235281173168652&set=o.78430724209&type=1&theater

Sorte tiveram os nórdicos nesse dia...

Raul Mourão disse...

Nojento. Este post é abaixo de lixo. Preconcentuoso até dizer chega. Feito por gente que vive na lua e não na terra. Gente estúpida que acordou um dia e achou que tinha de fazer uma cruzada contra quem quer andar de carro. Que eu saiba ainda somos um país livre.

madeinlisboa disse...

"Que eu saiba ainda somos um país livre. "
Exactamente. Por isso é que eu passo por cima dos carros quando apanho um no meu caminho. Ou faço um risquinho para ele se lembrar mais tarde.
Aaa, nada como sermos um país livre...

Passeio Livre disse...

Boa foto exemplo, SRT!

Luís, felizmente tudo nos arredores de Lisboa! :-)

E ainda deixam um espacinho por isso nem incomodam muito.

Mas, enfim estamos num país livre! Haja paciência.

asmelhoresfrancesinhas disse...

O Raul está mesmo a habilitar-se a levar com um belo de um processo em cima (assumindo que já tem idade para isso).

Cátia Vanessa disse...

Caro Raúl Mourão,

A "cruzada" deste blog não é contra quem quer andar de carro. É contra a utilização abusiva do mesmo que tem como consequências, entre outras, despesas absurdas do estado, prejuízos para a saúde de todos e deterioração do meio ambiente e dos edifícios, etc.

E a mim, ensinaram-me que a minha liberdade acaba onde começa a dos outros. Afirmar que um carro sobre um passeio colide com a liberdade do peão, não é ser preconceituoso (ou, se gosta mais, "preconcentuoso"), é ser objectivo.

Depois de o ler, parece-me que os meus comentários anteriores são ainda mais pertinentes. Não acha, LL?

RF

Joao disse...

Acho que é facílimo resolver o problema do estacionamento abusivo e com efeitos bastante prolongados no tempo!

Bastava um grupo grande de gandulagem (daqueles que até a policia foge, porque se for apenas uma pessoa está-se mesmo a ver que há sempre um "herói" que lhe parte a tromba toda) e mais uma ideia original aplicada a cada um dos carros mal estacionados um pouco por todo o lado... tipo uma espécie de multa mas que a maior parte dos condutores teriam mesmo de pagar (não bastava rasgar a multa e estava a andar), porque se não pagassem aquilo não desaparecia das suas ricas latas.

Talvez servisse de emenda a muitos troles que estacionam em qualquer lado. Aposto que seria mais eficaz & desmotivador que as multas, reboques e bloqueios.

Nuno disse...

Adorei este post, que é tão eficaz que atraiu um número recorde de trolls.

Boas vindas aos novos leitores, espero que estacionem por cá!

Franck disse...

Ana, Catarina e Joana, não vos conheço pessoalmente, também venho aqui poucas vezes e desisti de comentar neste tipo de blogues porque invariavelmente existe sempre alguém que entende que a liberdade deles é infinita e a dos outros é limitada (pena não terem nascido nos tempos do Estado Novo para saberem o que era o bem bom!), mas não resisti mesmo a esta excelente estória do Mr. Erik e de D. Mariansen... o que eu me ri, palavra! Os meus meus sinceros parabéns por este excelente bocado. Para aqueles que sancionam o estacionamento selvagem, apenas informo que os passeios foram concebidos, projectados e destinados ao trânsito pedonal, não para estacionamento automóvel; que Portugal tem leis e estas são para se cumprirem senão isto vira Estado Anárquico em vez de Estado de Direito e o Código da Estrada diz nos artºs. 48º. e 49º. que é PROIBIDO ESTACIONAR em cima dos passeios, frente às portas dos prédios, em cima das passadeiras e nas paragens dos transportes públicos, sendo que os infractores serão punidos com as respectivas coimas. O resto... é tudo aquilo a que infelizmente observamos no dia-a-dia de um país desgovernado, sem rei nem roque... Continuação do excelente trabalho!

Unknown disse...

Sou "fan" de A Nossa Terrinha, não preciso repetir o apreço que tenho e este post é mais um exemplo cheio de humor.

Arrepiante arrepiante são os comentários. Sugerir que para o C do Sodré se deve ir preferencialmente de carro, ou que é uma zona preferencialmente de transporte motorizado, á saida e entrade de um interface ferroviário!
Desistiram de pensar! Convivem com tanto lixo que se contaminaram.

Além disso este post aborda uma questão FULCRAL e pouco tratada: Os dirigentes hipócritas e tacanhos que enchem a boca com a "aposta no turismo" a "aposta na qualidade" já se preocuparam em saber o que pensará um turista em Lisboa?
Deve haver estudos que apontam pela preferencia dos turistas pela gincana de caca de cão nos passeios ou pela "ganza" de escape...
Valha-me deus que nem crente sou!

Carlos Garcia disse...

Caras figuras que veneram o pópó acima de todas as coisas (e todo o seu óbvio simbolismo fálico, e todo o grau de inaptidao sexual que isso denota) e que são capazes de ler e ver uma reportagem como esta e achar que, sim senhora, está tudo bem e normal e no melhor dos mundos e ainda se indignam que as autoras tenham feito alguma coisa a esse respeito:

Existe sempre um pensamento que vem à minha mente quando leio as caixas de comentários de seja o que for, e as deste blogue não constituem uma excepção: uma parte substancial dos meus conterrâneos pura e simplesmente são psicopatas. Ponto! Gosto de pensar, talvez para dourar a pílula, que figuras como o Luís Lavoura, Pedro Soares Martins, Sofia Pinheiro (e a respectiva diarreia que eles por aqui cagam) não existem realmente. São uma espécie de artistas perfomáticos internéticos, que criam estes personagens virtuais para servirem de espelho à alienação, ao egoísmo e à mediocridade de pensamento em que uma grande parte da sociedade vive. E isto será talvez a minha visão optimista da situação. Porque se eles existem mesmo no mundo real, se são realmente figuras de carne e osso, que votam e tem um dizer na forma como isto tudo que nos rodeia se processa, então....então não sei bem o que diga porque é mau demais para ser verdade.

Portanto se vocês existem mesmo, ai fora, e não forem apenas uma espécie de stand up virtual, eis o meu mais sentido conselho: Matem-se! Nos vossos queridos tubos de escape, depressa e em força, porque intestinos grossos sobre rodas da vossa espécie são, literalmente, um desperdício do precioso oxigénio que cada vez mais necessitamos! Eu, os meus amigos, a minha família, e todos os seres humanos e não humanos deste planeta agradecem.

Adeus, e não tropecem na vossa própria mediocridade quando forem a sair!

Cordialmente

Carlos Garcia